Por: Raoni David
Além de um clássico bem jogado, tenso e tumultuado, Santos e Corinthians fizeram uma partida bastante interessante taticamente na vitória por 2 a 1 do time da Vila Belmiro, em casa, pela 11ª rodada do Campeonato Paulista.
A única semelhança entre as equipes neste sentido, era na defesa, já que Dorival Júnior e Mano Menezes optaram por ter uma linha de quatro defensores que não subiam tanto. Assim como na Europa, os laterais ficaram presos, preocupados especialmente com a marcação. Roberto Brum, Pará, Alessandro e Roberto Carlos eram incumbidos de marcar os ataques adversários.
Isso porque ambas as equipes cogitavam entrar com três atacantes. O Corinthians o fez, com Jorge Henrique, Dentinho e Ronaldo. Já o Santos não. Dorival Júnior preferiu escalar Marquinhos na vaga de Madson. Com isso perdeu em velocidade e ganhou em inteligência e o jogo.
Enquanto o quarteto defensivo santista tomava conta do trio ofensivo corintiano, Ralf se perdia com a movimentação de PH Ganso e Neymar. Elias auxiliava o único volante que ficaria à frente de Chicão e William. Mas Wesley, e por vezes Arouca, acuavam além dos dois volantes, o homem que deveria criar as jogadas: Tcheco.
Desta maneira, Neymar flutuava entre o meio de campo e a defesa corintiana, dando opções, com muita mobilidade, para receber passes de PH Ganso e Marquinhos, que dominaram as ações criativas do jogo. Basta ver os lances dos gols, as oportunidades que o Santos perdeu, e ainda a jogada em que Marquinhos sofreu o pênalti para comprovar tudo isso.
Então o Corinthians nada criou? Sim, criou. Mas muito mais na base da vontade e da qualidade individual que da organização tática. Mano tentou mudar ao colocar Moacir na vaga de Alessandro e Jucilei no lugar de Ralf. Ambos sobem mais ao ataque que os companheiros que deixaram o gramado.
Mas o lateral logo foi expulso justamente. A expulsão do outro lateral é discutível, mas curiosamente, quando tinha jogadores a menos, foi quando o Corinthians apresentou algum tipo de jogada. Dentinho foi até a ponta direita e fez pelo menos três boas jogadas. Germano entrou justamente para anular essa jogada.
Mesmo assim o jovem atacante corintiano ainda incomodava. Até que Mano Menezes cometeu, talvez, o único erro de um treinador na partida, ao tirar o autor do gol corintiano para a entrada de Iarley. Com dois a menos, por mais que o talendo de Ronaldo seja imprescindível, seria importante contar com dois jogadores de velocidade, e que sabem entrar na área para finalizar.
Enquanto isso, o Santos brincava com a bola, prendendo-a de forma equivocada no seu campo de ataque. O equívoco dos habilidosos meninos da Vila quase custou caro, quando o goleiro Felipe falhou e Tcheco perdeu gol incrível.
No final, venceu a equipe que procurou jogar mais futebol e apesar da confusa arbitragem, o Corinthians não tem do que reclamar. Aos meninos santistas fica o alerta de que numa decisão de campeonato, o time não pode brincar tanto quanto no clássico deste último domingo. O resto é conversa mole!
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Além de um clássico bem jogado, tenso e tumultuado, Santos e Corinthians fizeram uma partida bastante interessante taticamente na vitória por 2 a 1 do time da Vila Belmiro, em casa, pela 11ª rodada do Campeonato Paulista.
A única semelhança entre as equipes neste sentido, era na defesa, já que Dorival Júnior e Mano Menezes optaram por ter uma linha de quatro defensores que não subiam tanto. Assim como na Europa, os laterais ficaram presos, preocupados especialmente com a marcação. Roberto Brum, Pará, Alessandro e Roberto Carlos eram incumbidos de marcar os ataques adversários.
Isso porque ambas as equipes cogitavam entrar com três atacantes. O Corinthians o fez, com Jorge Henrique, Dentinho e Ronaldo. Já o Santos não. Dorival Júnior preferiu escalar Marquinhos na vaga de Madson. Com isso perdeu em velocidade e ganhou em inteligência e o jogo.
Enquanto o quarteto defensivo santista tomava conta do trio ofensivo corintiano, Ralf se perdia com a movimentação de PH Ganso e Neymar. Elias auxiliava o único volante que ficaria à frente de Chicão e William. Mas Wesley, e por vezes Arouca, acuavam além dos dois volantes, o homem que deveria criar as jogadas: Tcheco.
Desta maneira, Neymar flutuava entre o meio de campo e a defesa corintiana, dando opções, com muita mobilidade, para receber passes de PH Ganso e Marquinhos, que dominaram as ações criativas do jogo. Basta ver os lances dos gols, as oportunidades que o Santos perdeu, e ainda a jogada em que Marquinhos sofreu o pênalti para comprovar tudo isso.
Então o Corinthians nada criou? Sim, criou. Mas muito mais na base da vontade e da qualidade individual que da organização tática. Mano tentou mudar ao colocar Moacir na vaga de Alessandro e Jucilei no lugar de Ralf. Ambos sobem mais ao ataque que os companheiros que deixaram o gramado.
Mas o lateral logo foi expulso justamente. A expulsão do outro lateral é discutível, mas curiosamente, quando tinha jogadores a menos, foi quando o Corinthians apresentou algum tipo de jogada. Dentinho foi até a ponta direita e fez pelo menos três boas jogadas. Germano entrou justamente para anular essa jogada.
Mesmo assim o jovem atacante corintiano ainda incomodava. Até que Mano Menezes cometeu, talvez, o único erro de um treinador na partida, ao tirar o autor do gol corintiano para a entrada de Iarley. Com dois a menos, por mais que o talendo de Ronaldo seja imprescindível, seria importante contar com dois jogadores de velocidade, e que sabem entrar na área para finalizar.
Enquanto isso, o Santos brincava com a bola, prendendo-a de forma equivocada no seu campo de ataque. O equívoco dos habilidosos meninos da Vila quase custou caro, quando o goleiro Felipe falhou e Tcheco perdeu gol incrível.
No final, venceu a equipe que procurou jogar mais futebol e apesar da confusa arbitragem, o Corinthians não tem do que reclamar. Aos meninos santistas fica o alerta de que numa decisão de campeonato, o time não pode brincar tanto quanto no clássico deste último domingo. O resto é conversa mole!
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Um comentário:
Raoni, vi a fomração do Corinthians um pouco diferente. Para mim, Tcheco e JH deveriam ser os meias do time, um na direita e outro na esquerda.O problema é que não deu certo. O ex-gremista conhece a função, mas JH não, e acabava caindo na ponta e batendo cabeça com Roberto Carlos. Tanto que Tcheco pouco tempo passa na faixa central do campo, mais ocupada por Elias. O que sobrecarregava Ralph e deu o espaço para a festa de Ganso e Marquinhos. Enfim, o companheiro santista Glauco fez uma boa análise láno www.futepoca.com.br, dá uma passada lá.
Abraço e parabéns pelo blog!
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