Por: Rafael Zito
Nos últimos dois jogos, o Corinthians foi derrotado pelo Grêmio Prudente, por 2 a 0, e, nesta quarta-feira, pelo Paulista, em Barueri, por 1 a 0. Após estes resultados negativos os imediatistas de plantão, que sempre criticam o amadorismo, implantaram a tal crise no clube de Parque São Jorge. Boatos de problemas de relacionamento entre Ronaldo e Mano Menezes e, do treinador com Iarley, pipocaram na mídia, mesmo os personagens tendo desmentido os tais problemas.
O brasileiro tem mania de justificar dificuldades de rendimento com problemas de relacionamento. O Corinthians está em crise? Para mim isso é uma grande bobagem! Futebol precisa de planejamento e o trabalho no Timão está sendo muito bem feito. As dificuldades evidenciadas são pura e exclusivamente de ordem futebolística. Devido aos problemas físicos enfrentados por algumas peças importantes, o treinador não conseguiu repetir uma escalação padrão. Além disso, pela falta de tempo para uma pré-temporada decente, o comandante alvinegro teve que poupar atletas para evitar que os mesmos se lesionassem. Com tudo isso, Mano Menezes ainda não conseguiu achar o time ideal. Está faltando um encaixe para que a equipe se ajuste ofensivamente. Com a bola nos pés, os corintianos ainda não mostraram a evolução necessária para desempenhar um bom futebol.
Ao contrário de alguns outros clubes que vivem mau momento, o Corinthians tem um padrão de jogo definido desde a temporada passada. A base da equipe está consolidada no sistema 4-2-3-1, com alguma variação para o 4-4-2, com duas linhas de quatro. A variação é a presença do jogador centralizado como mais um homem de meio-de-campo ou como parceiro de Ronaldo no ataque. É inegável que o Fenômeno não está em sua melhor forma física e que isso está dificultando seu rendimento, mas o problema é mais amplo. Mano Menezes ainda não conseguiu escolher as melhores peças para atuar atrás do camisa 9. O trio de armadores tem sido o grande problema do Timão, tanto que o treinador chegou a avançar Elias para ser o meia centralizado, colocando Jucilei como segundo volante. Essa foi uma solução para o momento, mas acho que o camisa 7 rende melhor sendo elemento surpresa, vindo de trás com a bola dominada.
Nesta linha de três armadores já atuaram Tcheco, Jorge Henrique, Danilo, Morais, Dentinho e até Iarley. No meu ponto de vista, a formação ideal seria composta pelos volantes Ralf e Elias e a linha de armadores começaria com Dentinho, pela direita, Danilo, pela esquerda, e Jorge Henrique por dentro como meia e, às vezes, se tornando um segundo atacante. O fato é que o Corinthians não está rendendo o esperado e as críticas com o futebol apresentado expressam a realidade. Porém, implantar crise, questionar um trabalho e um planejamento, por causa de duas derrotas, e por questões circunstanciais é uma covardia e uma contradição, já que todos pedem que o futebol se profissionalize, mas ao mesmo tempo as ações não estão de acordo com o discurso, pois escuto vários profissionais da imprensa indo na onda dos torcedores. Exigir profissionalismos dos dirigentes é fácil. No entanto, a análise de grande parte da mídia está mais perto do amadorismo do que do profissionalismo.
Imagem:
Mano Menezes – Agência EFE
Nos últimos dois jogos, o Corinthians foi derrotado pelo Grêmio Prudente, por 2 a 0, e, nesta quarta-feira, pelo Paulista, em Barueri, por 1 a 0. Após estes resultados negativos os imediatistas de plantão, que sempre criticam o amadorismo, implantaram a tal crise no clube de Parque São Jorge. Boatos de problemas de relacionamento entre Ronaldo e Mano Menezes e, do treinador com Iarley, pipocaram na mídia, mesmo os personagens tendo desmentido os tais problemas.O brasileiro tem mania de justificar dificuldades de rendimento com problemas de relacionamento. O Corinthians está em crise? Para mim isso é uma grande bobagem! Futebol precisa de planejamento e o trabalho no Timão está sendo muito bem feito. As dificuldades evidenciadas são pura e exclusivamente de ordem futebolística. Devido aos problemas físicos enfrentados por algumas peças importantes, o treinador não conseguiu repetir uma escalação padrão. Além disso, pela falta de tempo para uma pré-temporada decente, o comandante alvinegro teve que poupar atletas para evitar que os mesmos se lesionassem. Com tudo isso, Mano Menezes ainda não conseguiu achar o time ideal. Está faltando um encaixe para que a equipe se ajuste ofensivamente. Com a bola nos pés, os corintianos ainda não mostraram a evolução necessária para desempenhar um bom futebol.
Ao contrário de alguns outros clubes que vivem mau momento, o Corinthians tem um padrão de jogo definido desde a temporada passada. A base da equipe está consolidada no sistema 4-2-3-1, com alguma variação para o 4-4-2, com duas linhas de quatro. A variação é a presença do jogador centralizado como mais um homem de meio-de-campo ou como parceiro de Ronaldo no ataque. É inegável que o Fenômeno não está em sua melhor forma física e que isso está dificultando seu rendimento, mas o problema é mais amplo. Mano Menezes ainda não conseguiu escolher as melhores peças para atuar atrás do camisa 9. O trio de armadores tem sido o grande problema do Timão, tanto que o treinador chegou a avançar Elias para ser o meia centralizado, colocando Jucilei como segundo volante. Essa foi uma solução para o momento, mas acho que o camisa 7 rende melhor sendo elemento surpresa, vindo de trás com a bola dominada.
Nesta linha de três armadores já atuaram Tcheco, Jorge Henrique, Danilo, Morais, Dentinho e até Iarley. No meu ponto de vista, a formação ideal seria composta pelos volantes Ralf e Elias e a linha de armadores começaria com Dentinho, pela direita, Danilo, pela esquerda, e Jorge Henrique por dentro como meia e, às vezes, se tornando um segundo atacante. O fato é que o Corinthians não está rendendo o esperado e as críticas com o futebol apresentado expressam a realidade. Porém, implantar crise, questionar um trabalho e um planejamento, por causa de duas derrotas, e por questões circunstanciais é uma covardia e uma contradição, já que todos pedem que o futebol se profissionalize, mas ao mesmo tempo as ações não estão de acordo com o discurso, pois escuto vários profissionais da imprensa indo na onda dos torcedores. Exigir profissionalismos dos dirigentes é fácil. No entanto, a análise de grande parte da mídia está mais perto do amadorismo do que do profissionalismo.
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Um comentário:
A mídia paulista gosta de exagerar um pouquinho. Todos sabem qual é o grande objetivo do clube em 2010. A Libertadores da América, até o momento, vai muito bem, obrigado. Maus resultados preocupam? Lógico que sim, Mano Menezes está ciente que o momento não é bom, mas ele passa, pelo menos pra mim e sei que pra você também, que ele tem plena consciência do que está fazendo, e sabe que está no caminho certo.
O time poderá não se classificar para as semifinais do Paulistão (algo que acho difícil), mas, com certeza, irá engrenar no momento certo na Libertadores!
Abraço, Rafael, e parabéns pelo texto!
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