Por: Juliano Macedo
O futebol brasileiro realmente sempre foi um dos melhores do mundo. E isso fica nítido pelos cinco títulos mundiais e outras tantas conquistas vencidas dentro das quatro linhas. Isso sem falar dos muitos jogadores brasileiros que se destacaram em todo o mundo ao longo do tempo. Mas uma coisa é fato: desde a Copa do Mundo de 1950, uma tendência foi adotada no Brasil. A impensada crença que sempre a Seleção Brasileira (ou os clubes nacionais) são favoritos em todas as competições que disputam.
E logo quando foi adotada, está prática já causou efeitos negativos. Depois de 'comemorar antes', o Brasil viu o Uruguai vencer em pleno Maracanã e ser campeão do mundo em território brasileiro. E de lá para cá, isso não mudou muito. Faço essa introdução para discutir sobre um aspecto que chamou a atenção nos últimos dias: a mídia, os dirigentes, os treinadores, os jogadores e os torcedores, crêem piamente que a 51ª edição da Copa Libertadores da América, por não ter as duas principais equipes argentinas (Boca Juniors e River Plate), será vencida por um dos cinco clubes brasileiros que a disputam.
É claro que os times brasileiros se reforçaram e contam com a tradição de outras Libertadores no currículo, mas isso não basta para ser apontado como forte favorito antes mesmo da bola rolar. Isso é um grande equívoco. Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Internacional e São Paulo são clubes de ponta na América do Sul, mas numa Libertadores não é só isso que conta. E muitas vezes os times brasileiros pecam por excesso de confiança e se complicam até mesmo com times pequenos. Os estádios 'caldeirões' são comuns na competição sul-americana e isso também pode ser um grande empecilho.
Outro fator que pouco vi sendo comentado é que mesmo sem os tradicionais clubes argentinos, existem outras equipes que estão disputando a Libertadores nesse ano que podem ser consideradas favoritas também. São os casos dos copeiros Vélez Sarsfield e do atual campeão Estudiantes de La Plata, que já contava com um bom plantel e ainda se reforçou para a atual edição. Outros grandes não podem ser esquecidos como o Nacional-URU, tricampeão da Libertadores, os chilenos Colo-Colo e Universidad Católica e até mesmo o paraguaio Libertad. Com isso, acho pouco inteligente afirmar com todas as palavras que o título ficará no Brasil. É óbvio que um brasileiro poderá ser campeão, mas antes de a bola rolar, ninguém vence nada. Aguardemos até o início da fase de oitavas-de-final, quando a competição começa a afunilar e os melhores confrontos são vistos. Ainda é muito cedo para análises e apostas.
2 comentários:
Opa!!
tenho a mesma opinião que a tua.
Jornalista que afirma que este ano titulo da libertadores fica por essas bandas está assinando a sua propria certidão de obito.
Somaria mais RIVER - URU na tua lista
apesar de não crê que este time tenha força suficiente para levantar o caneco vai encomodar muito time grande...
OUTRO
é o banfield ARG tem possibilidade de ir longe no certame.
PARABÉNS pelo blog
se quizer da uma clicada no meu o link é http://yodefutbol.blogspot.com/
Opa Juliano, acho q vc escolheu um tema interessante pra discutirmos.
Se Boca e River não estão eh pq outros argentinos estão melhores. Desdenhar de Velez e Estudiantes mostra mto desconhecimento de alguns jornalistas brasileiros. Além desses times, certamente outros aparecerão com força.
Falam tanto da força dos brasileiros, no entanto, desde o Inter, em 2006, o Brasil não conquista uma libertadores... não vejo motivos pra esse pensamento hegemônico.
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