Nesta semana, Dunga e Jorginho fizeram a última convocação antes da Copa do Mundo e algumas coisas foram constatadas. Apesar de sempre ter falado que futebol era momento, o professor nacional preferiu manter seus homens de confiança do que chamar quem atravessa uma boa fase.Doni e Júlio Baptista atravessam o pior momento de suas carreiras desde que foram para a Europa. Não é um simples momento ruim. Ambos são reservas na Roma e sem perspectiva de assumir a titularidade. Para ver a atual situação do arqueiro, Júlio Sérgio está à frente da meta romana.
A coerência do trabalho de Dunga faz sentido, pois ambos são homens de confiança do treinador. Os dois estavam na campanha da Copa América quando o comandante levantou sua primeira taça como técnico.
Enquanto isso, em Milão, Ronaldinho Gaúcho vive um de seus melhores momentos desde que chegou ao Milan, mas parece que Dunga não está muito interessado na fase vivida pelo meia. Nem uma chance em um amistoso contra Irlanda o atleta ganhou.
Outro problema da lista de Dunga é a lateral esquerda. Não vou questionar qualidade técnica de ninguém, mas Gilberto e Michel Bastos não atuam nessa posição faz algum tempo.
Quando sacou Marcelo das convocações, a justificativa de Dunga é que o lateral estava jogando como meia. No entanto, os dois nomes dessa vez fazem a mesma coisa no Cruzeiro e Lyon, respectivamente.
A posição apresenta um grave problema, pois foram convocados mais de dez jogadores para atuar por ali. A escassez pós-Roberto Carlos é grande, mas o mínimo de coerência é o que se espera.
Mas, quem disse que é fácil ser técnico da seleção brasileira? Sempre terão um ou dois atletas questionados na convocação e outros 20 para serem chamados. A única certeza é que o futebol nacional passa pela pior safra dos últimos anos e isso é preocupante.
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Uol Esporte
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