A derrota para o Grêmio, por 2 a 0, decretou o fim do sonho palmeirense de conquistar o Campeonato Brasileiro de 2009, desfecho este adiantado por este blogueiro no dia 17 de setembro (clique e veja), quando o Verdão liderava a competição com uma folga considerável. No texto publicado a pouco mais de um mês, declarei que não acreditava em Palmeiras e Internacional e apontei São Paulo e Corinthians como fortes candidatos. O Timão não se acertou e largou mão do Brasileirão, já o Tricolor segue firme na luta pelo tetracampeonato consecutivo.
Com o passar da competição, a falta de consistência do Palmeiras ficou evidenciada a partir do momento em que os talentos individuais não conseguiram mais esconder as falhas táticas e a desorganização da equipe. Não se pode eximir o técnico Muricy Ramalho de uma parcela da culpa, porém, o treinador é o que tem menos responsabilidade, já que o comandante assumiu o time no meio da temporada e teve que trabalhar com os jogadores que estavam no elenco. Tenho convicção que o Palmeiras está pagando pela ruptura ocorrida no final do ano passado, quando o, então técnico, Vanderlei Luxemburgo, fez uma reformulação muito drástica no grupo alviverde.
Com o término da temporada de 2008, o Palmeiras dispensou ou não conseguiu segurar os seguintes jogadores: Élder Granja, Roque Júnior, Leandro, Gustavo (saiu no início de 2009), Léo Lima, Denilson, Alex Mineiro, Kléber, Martinez e Maicosuel. É difícil uma equipe ser formada com solidez tendo sido mexida em mais de 60% do time titular e 40% do elenco. O que acontece com o alviverde neste fim de temporada é o ônus desse rompimento de planejamento realizado na passagem de 2008 para 2009.
Em nenhum momento neste ano, o Palmeiras mostrou a consistência necessária para permanecer no topo durante todas as competições. No Campeonato Paulista, o clube esteve durante a maior parte do tempo na liderança, no entanto, na reta final as falhas na formação da equipe e do elenco apareceram e o Verdão caiu diante do Santos, em pleno Palestra Itália. Na Libertadores, o time não passou confiança ao torcedor em nenhum instante. O clube passava às fases, entretanto, a desconfiança estava sempre presente, devido ao fraco futebol que vinha sendo desempenhado.
Por fim, a análise chega ao Brasileirão, no qual o Palmeiras esteve na liderança durante mais da metade da competição. Depois de tanto tempo na ponta da tabela, o que teria acontecido? O que explica a absurda queda de rendimento? Essas são perguntas que, no meu ponto de vista, são fáceis de serem respondidas. A causa da queda é a falta de solidez tática! Tanto com Luxemburgo quanto com Muricy, o Verdão não encontrou a melhor formação. Não foram poucas às vezes em que os treinadores deixaram de usar o 4-4-2 para colocar em prática o 3-5-2 e vice-versa. Essa indefinição de uma base tática faz com que os atletas não se sintam confortáveis e com a convicção de suas atribuições em campo.
No momento em que os talentos individuais (Diego Souza e Cleiton Xavier) tiveram uma queda de desempenho ou deixaram a equipe por motivos clínicos, no caso o volante Pierre, todos os defeitos táticos vieram à tona e a da falta de organização gerou insegurança, deixando o time psicologicamente abalado, destruído emocionalmente. Após esse diagnóstico, resta ao clube de Palestra Itália lutar com todas as forças para conseguir uma das vagas para Libertadores de 2010. Acredito que o Palmeiras não ficará no G-4, já que vejo Cruzeiro e Atlético-MG em melhor momento do que o clube paulista e ainda tem o Internacional, que pode beliscar uma das vagas. O Palmeiras precisa começar a pensar na temporada de 2010 para impedir que os erros na virada de ano se repitam.
Imagem:
Diego Souza – Gazeta Press
11 comentários:
O que comentar sobre um texto que simplesmente abordou tudo?
Faço minhas TODAS as palavras do Rafael.
Mas, no ano que vem, a torcida do Palmeiras PODERÁ ter alegrias. É eperar e confiar no bom trabalho da diretoria!
Abraços
Realmente você adiantou.
O comentário, porém, foi extramente passional!
Agora,
É fácil falar.
O Palmeiras fez a campanha mais consistente.
Tropeçou no fim, mas, mesmo assim, considero o texto sem sentido.
Reveja!
Fala Ricardo, blz?
Sinceramente não sei de onde vc tirou o "comentario extramente passional".
E acho q vc precisa rever o q escreveu... pq se vc se contradiz qndo fala q "realmennte vc adiantou" e depois diz... "Agora, é facil falar".
O meu texto foi analítico... qm fez um comentário "extremamente passional" foi você!
Eu disse que você adiantou.
Embasado, apenas, no coração!
Não há nenhuma pesquisa.
Enfim,
Volto a falar que o Palmeiras fez uma campanha excelente. Foi quem mais liderou.
Como poderia prever uma queda?
O seu texto, nem de longe, foi analítico. Só com muita pretensão, mesmo.
Obrigado, "Anônimo"!
Comentários movidos pela paixão não rendem.
O BLOG JORNALISMO ESPORTIVO SEMPRE ABRIU ESPAÇO PARA DISCUSSÃO, NO ENTANTO, EXISTEM BABACAS Q SE ESCONDEM ATRÁS DO "ANÔNIMO" E ISSO DEMONSTRA UMA ENORME FALTA DE PERSONALIDADE DA PESSOA. RESPEITO O RICARDO E A OPINIÃO DELE. PORÉM, O ENERGÚMENO Q NÃO TEM CORAGEM DE ASSINAR NÃO TERÁ MAIS ESPAÇO. QM NAO ASSINA NAO TEM DIGNIDADE, LOGO NAO MERECE ESPAÇO ALGUM.
"Volto a falar que o Palmeiras fez uma campanha excelente. Foi quem mais liderou.
Como poderia prever uma queda?"
Simples: durante todo o torneio, o time jogou mal e dependeu unicamente de Diego Souza para produzir alguma coisa ofensivamente. Atrás, Pierre tentava compensar a limitação dos zagueiros.
Não houve nada de passional no texto, a análise foi embasada e eu concordo com o Rafael, que eu sei que sempre alardeou a fragilidade tática do Palmeiras.
Só por que o time é líder não é possível prever uma queda? A boa análise é aquela que tenta fugir do óbvio: o jornalismo esportivo brasileiro está carente de capacidade e coragem para isso. Parabéns Zito!
Concordo plenamente com o Ricardo. Realmente foi passional, o texto em que você diz ter adiantado que o Palmeiras não ganharia o Brasileirão, além de ter sido uma suposição com nenhum aspecto analítico.
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