quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Roth luta, novamente, contra a sina de “cavalo paraguaio”

Por: Rafael Zito Celso Juarez Roth, técnico de futebol desde 1988 e que está, atualmente, com 51 anos. Celso Roth disputa em 2009 sua 12ª edição comandando uma equipe no Campeonato Brasileiro. Analisando todas as participações de Roth na competição nota-se uma característica similar na campanha das equipes em que esteve à frente. As únicas duas exceções aconteceram nas temporadas de 1999 e 2005, quando não realizou bons trabalhos. Porém, o comandante luta contra a sina de ser considerado “cavalo paraguaio”, com equipes que arrancam com eficiência e perdem o fôlego com o passar do campeonato.

A primeira vez que esteve no comando de uma equipe que disputou o Brasileirão da Série A foi em 1997, quando era técnico do Internacional, onde foi campeão gaúcho daquele ano. Nos 13 primeiros jogos do campeonato nacional, o Inter venceu nove e empatou quatro partidas. No decorrer da competição, o Colorado perdeu a força e terminou a primeira fase na vice-liderança. Na sequência, o Inter acabou sendo eliminado pelo Palmeiras na semifinal, já que naquela época o torneio não era disputado em pontos corridos.

No ano seguinte, apesar de começar o campeonato pelo Vitória, Roth foi para o Grêmio após três rodadas. No Tricolor dos Pampas, o treinador ficou invicto nos oito primeiros jogos. No entanto, pela segunda vez seguida morreu na praia na fase de quartas de final, sendo eliminado pelo Corinthians, que acabou com o título Brasileiro de 1998. Em 1999, o técnico gaúcho continuou no Grêmio, porém, não conseguiu realizar um bom trabalho e foi demitido.

Na temporada de 2000, Roth começou o ano comandando o Sport, porém, pouco tempo depois regressou ao Grêmio, clube pelo qual disputou seu quarto Brasileirão. De volta ao Tricolor, Roth ganhou seis e empatou quatro das 12 primeiras partidas, atingindo a ponta da tabela. Mas, mais uma vez Roth viu sua equipe ser desclassificada da competição na fase mata-mata, perdendo na semifinal para o São Caetano.

Em 2001, o técnico disputou o Brasileirão pelo Palmeiras, onde novamente teve uma boa arrancada, com oito vitórias, dois empates e duas derrotas nas 12 primeiras rodadas. Com o passar do campeonato, o Verdão começou a despencar e sequer ficou entre os oito primeiros, ficando de fora da fase mata-mata. O treinador não resistiu a queda de rendimento e foi demitido durante o campeonato.

Após ir mal no clube paulista, Roth regressou ao futebol gaúcho. Em 2002, o comandante voltou a vestir vermelho em sua segunda passagem pelo Inter. Repetindo seus trabalhos anteriores, o técnico ficou invicto nas cinco primeiras rodadas, com três vitórias e dois empates. Com esse bom início, o Colorado despontou na liderança, mas não resistiu muito tempo e começou a cair na tabela. Com o Inter despencando na classificação, Roth foi demitido faltando três rodadas para o término do campeonato e o clube gaúcho teve que brigar contra o rebaixamento.

No ano seguinte, Roth novamente deixou o time gaúcho e foi trabalhar em Minas Gerais. Em 2003, o técnico teve sua primeira passagem pelo Atlético-MG. No Galo, o comandante estreou com uma vitória de 3 a 0 sobre o Corinthians, teve mais três vitórias e somou um empate. Com esse início, o time mineiro chegou a liderar o Brasileirão e o trabalho de Roth voltou a ganhar destaque. No entanto, a alegria do treinador foi por água abaixo na sequência do torneio. Após três derrotas e um empate, o gaúcho foi demitido na 20ª rodada e largou o Galo na sétima posição na tabela.

Em 2004, o treinador assumiu o comando do Goiás. No final do primeiro turno, o Esmeraldino ocupava a terceira colocação na tabela. Em compensação, o segundo turno não foi bom e Alviverde fechou o torneio na sexta posição. Este foi o terceiro Brasileirão no qual Roth começou e acabou o campeonato, já que em 1997, pelo Inter, e em 2000, com o Grêmio, o técnico disputou um Brasileirão completo.

Assim como em 1999, Roth não teve destaque em 2005 à frente do Flamengo, no primeiro turno, e Botafogo, no segundo. Devido ao mau desempenho em 2005, o treinador ficou sem trabalhar em 2006, regressando a beirada do gramado apenas na temporada de 2007. No ano de 2007, Roth assumiu o Vasco e, assim como de costume, teve um ótimo começo de trabalho. Nos cinco primeiros jogos foram três vitórias e dois empates. Com isso, após a quinta rodada o time carioca chegou à liderança do Brasileiro. Mas, com três derrotas seguidas, o Vasco começou a fraquejar na disputa e encerrou o torneio na 10ª posição.

Com o término da temporada de 2007, Roth voltou para Porto Alegre. Em 2008, o técnico estava mais uma vez à frente do Grêmio. Com um time que não era apontado entre os favoritos, o técnico fez um excelente trabalho. O Tricolor esteve na ponta da tabela em 17 das 38 rodadas do campeonato nacional. Apesar da boa avaliação do que foi realizado, o clube gaúcho não manteve o pique e viu o São Paulo atropelar e conquistar o título. O Grêmio chegou a abrir 11 pontos do Tricolor Paulista, porém, não teve forças pra permanecer na dianteira.

Em 2009 a história parece estar se repetindo. Mais uma vez, assim como em inúmeras oportunidades, Roth teve um começo de campeonato exemplar, abriu vantagem, ficou na liderança por várias rodadas e no G-4 em mais rodadas ainda. Porém, a sina de “cavalo paraguaio” parece perseguir o treinador. O Atlético-MG não vence há seis rodadas e começa a cair na tabela. Com a queda na tabela, o Galo ocupa agora a sétima posição, com 34 pontos. Será que mais uma vez o trabalho de Roth ficará marcado pelo retrospecto negativo ou o treinador conseguirá dar uma reviravolta e recuperar o time ainda neste Brasileirão? O torcedor atleticano espera que, desta vez, o técnico consiga mudar seu passado, porém, esta resposta só teremos no final do campeonato ou quando o treinador for dispensado.

Imagem:
Celso Roth - Gazetapress

4 comentários:

Sabrina Machado disse...

Desculpa, mas não consegui ler até o final...rsrs...

Particularmente, não gosto do Celso Roth. É no máximo um técnico mediano, que faz com que seus times sejam "cavalos paraguaios"...rsrs

Uma das qualidades dele é saber armar um time no setor defensivo...

Beijos

WILDE disse...

Suerte para esta noche!!!!!

Saludos de LA PELOTA NO DOBLA.

Bruno Zanette disse...

É, pelo jeito não é apenas o Grêmio que precisa se benzer por não vencer fora de casa de jeito nenhum. O Celso Roth, durante toda a carreira foi assim. Esqueci disso ano passado e acreditei cegamente na possibilidade do título gremista. Amarga ilusão...

Abraço Rafael, e sucesso pra ti! Não deixe de visitar o MZ Esporte (http://mzesporte.blogspot.com)

Bruno Zanette disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
BlogBlogs.Com.Br