quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sempre a mesma velha história, ou seja: 22 libertadores

Por: Átila Benevides
Vamos lembrar de uma velha historinha entre argentinos e brasileiros... Os brasileiros são melhores, mais técnicos, mas chega na hora H, desaprendem e os argentinos, dados como mortos vencem no final.

Recentemente, tudo se iniciou com Palmeiras contra o Boca em 2000. Depois, fracassaram o São Caetano (contra o Olimpia em 2002), o Santos e o Grêmio (ambos contra os Xeneizes, em 2003 e 2007) e o Fluminense (contra a LDU, no ano passado). Esse anoooo... o grande Cruzeiroooo, minha apostaaa... ahaaaa. É, não deu. Caiu também.

Tudo levava a crer que seria um jogo relativamente tranqüilo, pois os mineiros se portaram muito bem em La plata, suportando a pressão constante, através, sobretudo, da grande atuação do goleiro Fábio. No entanto, a festa preparada pelos mais de 65 mil celestes, foi por água baixo. Tudo por culpa de Boselli (artilheiro da Libertadores com oito gols) e Fernández.

Podemos classificar o jogo desta quarta-feira como um apagão na Raposa. O time pareceu sentir o peso de jogar em casa e dava mostras de estar muito afoito e perdido em campo, sendo muitas vezes improdutivo. Nem mesmo sair na frente do placar, com Henrique, fez a equipe se tranqüilizar, tomando seis minutos depois o empate e aos 27 do segundo tempo, com gol de Boselli, a virada.

Os alvirrubros durante os 180 minutos mostraram-se sempre seguros e se não foi feito um futebol brilhante, destacaram-se pela tradicional garra e catimba. O diferencial do time, que deu um pouco de técnica foi o veterano volante Verón, filho do lendário La Bruja Verón (não é à toa que o apelido do seu filho é La Brujita).

Durante toda a campanha a equipe se diferenciou por ter uma defesa sólida. No total foram apenas 6 gols levados em 16 jogos (sim, não nos esqueçamos da pré-libertadores, onde os hermanos bateram o Sporting Cristal-PER, com duplos 1 a 0), com uma campanha de 11 vitórias, 3 empates e apenas 2 derrotas (uma delas para o Cruzeiro na fase de grupo).

A curiosidade fica por conta da meta platense. Na Taça Libertadores de 2009 o Estudiantes quebrou o record argentino de maior tempo sem levar gols. Foram 800 minutos com a meta do goleiro Mariano Andujar invicta. Da quarta rodada dos grupos até o segundo confronto da semi-final, sendo vazado pelo Nacional, contudo vencendo a partida em Montividéu por 2 a 1.

Com números tão convincentes como maior artilheiro com Boselli, 800 minutos sem levar gol, tetracampeonato da Libertadores e promovendo um “Minerazo”, apenas nos resta dizer ‘Congratulaciones pincharratas’!!

Imagem:
Cruzeiro x Estudiantes - Reuters

3 comentários:

Sabrina Machado disse...

Podem falar que o Estudiantes jogou melhor, que o Verón é o cara e blá blá blá...Mas a verdade é que o Cruzeiro não jogou.

Os jogadores estavam muito nervosos. Faltou sim a experiência de um jogador como o carequinha argentino. Alguém que acordasse a equipe. Fazer algo que nem o técnico Adílson Batista conseguiu fazer...

Temos que dar o braço a torcer e aprender o famoso "jeitinho" argentino de jogar a Libertadores. E não ficar reclamando por cada falta não marcada, cada cartão não assinalado e por um acréscimo justo do juiz...

Faltou uma malandragem ao time mineiro pra segurar o jogo quando fez 1 a 0...

Bom texto, Átila...aliás...bom não...maravilhoso...rsrs

Esteban dL disse...

merecedisima copa para el pincha, por mas que no sean de mi agrado... la merecian y la ganaron... trajeron la 22 para acá... ja ja!
saludos

Futebol Portenho disse...

Acredito sim que o melhor futebol era do Estudiantes. E não do Cruzeiro. Um time que toma apenas 6gols, e tem o goleador não ganhou devido ao jeito argentino de jogar a Libertadores.
Isso é um pré-conceito existente com os times argentinos. Em querer achar que o futebol brasileiro é mais bonito, é melhor, e tem mais qualidade.

Os resultados comprovam que os times argentinos tem mais qualidade. Foram 12 finais envolvendo Brasil x Argentina. E destas, os times brasileiros venceram somente em 3.

Não é só jeitinho. É qualidade.

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