Por: Felipe Simi
Não tem como negar. O São Paulo Futebol Clube está em cacos. No Centro de Treinamento da Barra Funda, silêncio. O discurso é um só, simples. Apesar da quarta eliminação seguida da Libertadores; da saída, depois de três anos e meio, do comandante tricampeão brasileiro Muricy Ramalho; do desfalque quase crucial, nos jogos, do goleiro e capitão Rogério Ceni; e da terceira derrota em quatro jogos neste ano para o Corinthians, o ambiente que o novo técnico Ricardo Gomes encontrou hoje, na sua apresentação, foi “muito bom”.
“Muito bom”? Os cacos da crise estão por todos os cantos do Morumbi. Fora do campo, a mesma cúpula que persuadiu o presidente Juvenal Juvêncio a demitir Muricy na última sexta-feira hoje dispara rasteiras no superintendente de futebol, Marco Aurélio Cunha. Dizem que o dirigente, vereador, tem dedicado seu tempo mais à política do que ao clube.
Não vou fazer aqui a mea culpa do presidente são-paulino, mas, pelo que ouço e vejo dele desde 2007, nesta mesma época, sob circunstâncias parecidas, Muricy já teria ido embora há muito tempo. Juvenal não deixou. Por outro lado, desde que reassumiu a chefia, em 2006, o jeito Don Corleone de ser, azedado pelo sotaque arrastado, fizeram dele uma figura folclórica, satirizada por frases de efeito, sagaz e eficiente nos bastidores.
Isso explica, em parte, por que o Cícero Pompeu de Toledo deve vencer a disputa contra Mineirão (BH) e Mané Garrincha (DF) pelo jogo de abertura da Copa brasileira, em 2014. Enquanto o Mundial não chega, a diretoria tenta estancar a ferida aberta depois da saída de Muricy identificando o foco da crise em três atletas, de acordo com a Folha de S. Paulo de hoje. Só que, segundo o Blog do Neto, o direito de imagem de todos eles está atrasado há dois meses. Até Júlio Casares, o inspirado diretor de marketing do clube, parece ter freado a criatividade.
Para piorar, dentro do campo o elenco atravessa um momento pior do que o do ano passado, empoeirado pelas encrencas do trio Fábio Santos, Carlos Alberto e Adriano. Agora, Washington, André Lima e Borges trocam pontapés pela titularidade. Fecharam a cara e reclamaram publicamente. Já Hernanes e Jorge Wagner não falam, mas também não jogam.
O grupo está rachado.
“O que falta é humildade, parceria.”
Muricy deu o toque e saiu. De cabeça erguida, pela porta da frente.
“Muito bom”? Os cacos da crise estão por todos os cantos do Morumbi. Fora do campo, a mesma cúpula que persuadiu o presidente Juvenal Juvêncio a demitir Muricy na última sexta-feira hoje dispara rasteiras no superintendente de futebol, Marco Aurélio Cunha. Dizem que o dirigente, vereador, tem dedicado seu tempo mais à política do que ao clube.
Não vou fazer aqui a mea culpa do presidente são-paulino, mas, pelo que ouço e vejo dele desde 2007, nesta mesma época, sob circunstâncias parecidas, Muricy já teria ido embora há muito tempo. Juvenal não deixou. Por outro lado, desde que reassumiu a chefia, em 2006, o jeito Don Corleone de ser, azedado pelo sotaque arrastado, fizeram dele uma figura folclórica, satirizada por frases de efeito, sagaz e eficiente nos bastidores.
Isso explica, em parte, por que o Cícero Pompeu de Toledo deve vencer a disputa contra Mineirão (BH) e Mané Garrincha (DF) pelo jogo de abertura da Copa brasileira, em 2014. Enquanto o Mundial não chega, a diretoria tenta estancar a ferida aberta depois da saída de Muricy identificando o foco da crise em três atletas, de acordo com a Folha de S. Paulo de hoje. Só que, segundo o Blog do Neto, o direito de imagem de todos eles está atrasado há dois meses. Até Júlio Casares, o inspirado diretor de marketing do clube, parece ter freado a criatividade.
Para piorar, dentro do campo o elenco atravessa um momento pior do que o do ano passado, empoeirado pelas encrencas do trio Fábio Santos, Carlos Alberto e Adriano. Agora, Washington, André Lima e Borges trocam pontapés pela titularidade. Fecharam a cara e reclamaram publicamente. Já Hernanes e Jorge Wagner não falam, mas também não jogam.
O grupo está rachado.
“O que falta é humildade, parceria.”
Muricy deu o toque e saiu. De cabeça erguida, pela porta da frente.
De agora em diante, esse é um problema de JJ, RG e cia.
Imagem: Folha Imagem
5 comentários:
Poxa Felipe nem preciso acrescentar nada... seu texto, por si só, já diz tudo!
Para fim, assim como a vida, o futebol é ciclico e chegou a hora da roda gigante são-paulina ficar na parte de baixo... eh impossivel permanecer no topo todo o tempo e olha q o são paulo ficou mto tempo.
Um abraço
É verdade, Zito.
Eu faço questão de acompanhar tudo bem de perto, p/ ver o quanto esse multicampeão se preparou p/ esse momento.
Um abraço e obrigado.
E quem consegue se manter por muitos anos como soberano???
Parabéns, Simi...seu texto está muito bom!
E parabéns ao Muricy Ramalho um dos principais responsáveis pelas últimas conquistas do tricolor paulista...
Beijos
"Bom.....o São Paaaaulo......Ha!"
Simi, belo texto! Profissionalismo monstro!
Talvez esteja na hora de atualizar o texto.
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