Convidada especial: Paloma Campagnoli
Vendo que o maior evento esportivo da Terra está por acontecer, pensei: como deve funcionar o cérebro e o estado emocional de um atleta em um momento tão importante e único? Sempre vejo o esportista como um ser humano comum, mesmo que não pareça.
Para falar um pouco disso, convidei a psicóloga Paloma Campagnoli para discorrer sobre o tema. Paloma é formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, e tem interesse em trabalhar com grupos e com o objetivo de se especializar nesta temática.
Fui convidada para falar sobre psicologia do esporte e como estamos perto das olimpíadas, falarei sobre uma das possibilidades de atuação do psicólogo do esporte: o trabalho com o alto rendimento.
Uma característica marcante do alto rendimento é a competição. Cada vez mais procura-se superar performances e atingir metas e o bem-estar do atleta pode ser deixado de lado para que esses objetivos sejam atingidos. Quando assistimos as Olimpíadas confortavelmente em nosso sofá, muitas vezes esquecemos os esforços e as privações que o atleta teve que passar. Mas às vezes, apesar da preparação técnica, tática e física estarem ótimas, a equipe ou o atleta não atingem o resultado esperado.
No esporte existe a influência de fatores motivacionais, emocionais e cognitivos que vão influenciar na performance e no desempenho do atleta/equipe. Ai que entra o trabalho do psicólogo do esporte. Mas ele não é mágico, e sua atuação não é exclusivamente para resolver problemas de última hora. É um trabalho que deve ser realizado a longo prazo, para que o atleta/equipe consiga incorporar algumas técnicas e práticas em seu cotidiano como, técnicas de treinamento mental, controle do estresse e ansiedade, concentração, motivação, etc. Uma coisa legal para vocês jornalistas pensarem é a pressão psicológica que o atleta de alto rendimento sofre por parte da mídia e do público em geral, lembrando que toda profissão tem uma função social, e sempre é bom questionar-se das conseqüências do trabalho que se realiza.
É importante dizer que o profissional da educação física e do esporte podem trabalhar com o ensino e a pesquisa de psicologia do esporte, mas a intervenção é restrita aos profissionais da psicologia. Todo mundo diz “Mas por que eu vou falar com um psicólogo se eu posso falar com meu amigo?”. Há uma diferença entre a conversa e orientação de amigos e profissionais de outras áreas e a intervenção de um profissional da psicologia. Da mesma forma que um psicólogo que estuda o esporte, não estará habilitado para ser técnico ou preparador físico. O ideal é que todos os profissionais trabalhem em conjunto, visando a melhora de qualidade das práticas e das relações no esporte.
Agradeço o convite do Thiago, e fico aberta a discussões a respeito do tema.
Contato: p_campagnoli@hotmail.com
Imagem: yescom.webrun.com.br
Vendo que o maior evento esportivo da Terra está por acontecer, pensei: como deve funcionar o cérebro e o estado emocional de um atleta em um momento tão importante e único? Sempre vejo o esportista como um ser humano comum, mesmo que não pareça.
Para falar um pouco disso, convidei a psicóloga Paloma Campagnoli para discorrer sobre o tema. Paloma é formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, e tem interesse em trabalhar com grupos e com o objetivo de se especializar nesta temática.
Fui convidada para falar sobre psicologia do esporte e como estamos perto das olimpíadas, falarei sobre uma das possibilidades de atuação do psicólogo do esporte: o trabalho com o alto rendimento.
Uma característica marcante do alto rendimento é a competição. Cada vez mais procura-se superar performances e atingir metas e o bem-estar do atleta pode ser deixado de lado para que esses objetivos sejam atingidos. Quando assistimos as Olimpíadas confortavelmente em nosso sofá, muitas vezes esquecemos os esforços e as privações que o atleta teve que passar. Mas às vezes, apesar da preparação técnica, tática e física estarem ótimas, a equipe ou o atleta não atingem o resultado esperado.
No esporte existe a influência de fatores motivacionais, emocionais e cognitivos que vão influenciar na performance e no desempenho do atleta/equipe. Ai que entra o trabalho do psicólogo do esporte. Mas ele não é mágico, e sua atuação não é exclusivamente para resolver problemas de última hora. É um trabalho que deve ser realizado a longo prazo, para que o atleta/equipe consiga incorporar algumas técnicas e práticas em seu cotidiano como, técnicas de treinamento mental, controle do estresse e ansiedade, concentração, motivação, etc. Uma coisa legal para vocês jornalistas pensarem é a pressão psicológica que o atleta de alto rendimento sofre por parte da mídia e do público em geral, lembrando que toda profissão tem uma função social, e sempre é bom questionar-se das conseqüências do trabalho que se realiza.
É importante dizer que o profissional da educação física e do esporte podem trabalhar com o ensino e a pesquisa de psicologia do esporte, mas a intervenção é restrita aos profissionais da psicologia. Todo mundo diz “Mas por que eu vou falar com um psicólogo se eu posso falar com meu amigo?”. Há uma diferença entre a conversa e orientação de amigos e profissionais de outras áreas e a intervenção de um profissional da psicologia. Da mesma forma que um psicólogo que estuda o esporte, não estará habilitado para ser técnico ou preparador físico. O ideal é que todos os profissionais trabalhem em conjunto, visando a melhora de qualidade das práticas e das relações no esporte.
Agradeço o convite do Thiago, e fico aberta a discussões a respeito do tema.
Contato: p_campagnoli@hotmail.com
Imagem: yescom.webrun.com.br
7 comentários:
Excelente iniciativa, Fagnani.
Jornalismo Esportivo + Psicologia do Esporte = post inédito de sucesso.
Parabéns, Paloma. Parabéns, Thiago.
Acho bacana a iniciativa, Thiago, ainda mais com uma pessoa, no caso a Paloma, que sabe discorrer tão bem a respeito de um tema.
Aguardamos seu retorno, Paloma. E um abraço, Thiago.
Thiago no msm instante q vc sugeriu essa ideia minha reação foi mais do q positiva. MInha prima tah se formando em psicologia e sei da importancia do trabalho psicologico no esporte.
Vira e mexe estamos lendo q tal atleta sentiu a pressão, nao conseguiu decidir a partida no momento decisivo... Assim como a capacidade fisica e técnica, o atleta necessita estar mentalmente preparado para desenvolver sua atividade.
Parabéns pelo texto Paloma, foi um prazer recebe-la e sua contribuição foi mto positiva para mim e para os leitores do Jornalismo Esportivo.
o seu blog esta muito maneiro, noticias interesantes,.
um abraços
Léokope
o blog ta 10.
Muito obrigada a todos! Esse é um campo de atuação desconhecido por muitos, inclusive psicólogos, já que não temos nada a respeito na faculdade!
Beijos
Paloma
Matéria muito interessante!! Parabéns pela iniciativa, pois são poucos que falam no assunto atualmente. Parabenizo também a qualidade das matérias, continuem esse ótimo trabalho!
Parabéns aos dois, Thiago pela iniciativa de mostrar um outro ponto de vista, e Paloma pelo texto muito bem escrito e informativo!
Parabéns mais uma vez!
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