sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Mais profissionais, menos erros!

Por: Thiago Fagnani

Infelizmente, desde 2005, a arbitragem está se tornando cada vez mais falada do que o espetáculo da bola.

Erros seguidos de juízes e bandeirinhas (sim, falo bandeirinhas e não auxiliares!) estão cada vez mais presentes nos jogos do Brasil: É o goleiro que adianta no pênalti, é o gol anulado em condições legais, o pênalti marcado ou não marcado corretamente. Enfim. Os erros sempre vão existir, fato. Mas isso já está passando dos limites! Por favor, percebam que, a cada duas rodadas do Campeonato Brasileiro em uma, há um erro gritante de algum membro do trio de arbitragem. Sem contar os erros nos estaduais e na Copa do Brasil.

E agora minha gente, o que fazer?

A poderosa FIFA é contra ao sistema de replay nos estádios. Estes replays poderiam mostrar ao arbitro do jogo o lance com detalhes, em caso de dúvida extrema, mas, como foi dito, Blatter não quer, FIFA não deixa. Esse sistema é utilizado nos jogos de futebol americano, onde os telões dos estádios repetem o lance da jogada para que os juízes possam ver de fato o que aconteceu.

A Federação Paulista de Futebol tentou algumas medidas para melhorar a arbitragem em seus jogos, como daquela vez onde em todos os jogos do Paulistão, haviam dois árbitros no campo, um para cada lado. Até onde sei, a medida foi um sucesso, mas simplesmente não colou.
O ponto de ouvido deu certo, lembram-se? Em alguns jogos da Europa, esse sistema foi utilizado.

E não se esqueçam da espuminha nas cobranças de falta!
Mas existe uma forma muito, mas muito melhor do que todas essas juntas. Qual?
A PROFISSIONALIZAÇÃO DA ARBITRAGEM!

Sim caros leitores, árbitros profissionais, com salário, carteira assinada, e etc.
Juízes e bandeiras não são apenas juízes e bandeiras. São advogados, donos de comércio, empregados e etc. Ou seja, o trabalho no futebol não sustenta uma pessoa, portanto, não se dedicam inteiramente ao futebol, causando um certo despreparo e um grande amadorismo na área. Exemplo disso é a Ana Paula de Oliveira. Ela afirmou que o dinheiro que ganhou posando nua para a Playboy foi a mesma quantia que ela ganhou em dez anos de profissão futebolística.

Todos sabem que o futebol movimenta milhões e milhões de Reais, Dólares e Euros, será que não existe uma sobrinha desse bolão para podermos profissionalizar nossos árbitros e auxiliares (escrevo auxiliares para não repetir bandeira tantas vezes)?

Ou vamos sempre ter que ficar discutindo erros dos juízes? Uma vez ou outra é gostoso falar, “seu time ganhou roubado”, mas falar isso sempre, é bem desagradável. Parece que você não tem argumento e sempre põe a culpa no juiz ladrão ou no bandeira cego.

Poderosos que tomam conta do futebol brasileiro e mundial,
PENSEM NISSO!!!

3 comentários:

Rafael Zito disse...

Grande Palmeiras. Belo texto.

Concordo q a profissionalização da arbitragem traria uma melhoria significativa. Fica dificil cobra-los, já que nao podem se dedicar 100% a esta função.

Com relação ao recurso eletronico confesso ser um assunto polemico. Resolveria mtos problemas, porem, vc acha q todos os paises teriam condições de usa-lo? Ficando mais perto da gente, vc acha q todos os estádios onde tem jogos pelo Brasil, teria condições de utilizar este recurso?

Sou favorável q se utilize as imagens da TV, na condição que isso seja usado para todos, já que os direitos devem ser iguais.

Um abraço meu companheiro Thiago Fagnani.

Anônimo disse...

Eu acredito que somente a profissionalização dos árbitros não vai resolver o problema. O cara pode ser o maior profissional do mundo, mas é praticamente impossível definir, em fração de segundos, se um jogador que está 10 centímetros à frente do último homem da zaga está impedido ou não. Os erros vão continuar. E as polêmicas também.

Em relação ao recurso eletrônico, eu sou totalmente a favor. Se é pra tornar o esporte mais justo, se é pra apontar a verdade do lance, por que não?

Felipe Simi disse...

Um texto bastante pertinente, Fagnani, pelo inegável momento infeliz que a arbitragem nacional atravessa. Entretanto, boa parte dessa infelicidade se deve à pressão desnecessária que a própria imprensa brasileira impõe aos árbitros e auxiliares.

Vou ser mais claro. Por exemplo: o gol aconteceu, o juiz validou e os times já estão reposicionados para reiniciarem o jogo - então, a emissora leva ao ar o famigerado replay. Para quê?

Exemplos de boas tecnologias não faltam pelo mundo afora. Aqui, elas até existem, mas são muito mal utilizadas por nossos colegas de imprensa.

Parabéns, Fagnani! E um abraço.

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