sábado, 26 de março de 2011

A Fórmula 1 começou

Por: Carolina Reis

A temporada de Fórmula 1 começou, para nós brasileiros, na madrugada deste sábado com o treino classificatório para o GP da Austrália, em Melbourne. Por esse primeiro contato parece que não mudou muita coisa: Sebastian Vettel continua voando baixo com seu novo carro, o RB7, e é o primeiro pole position; a RBR mostra ser a melhor equipe; Felipe Massa, mais uma vez, largará atrás de seu companheiro de Ferrari, Fernando Alonso; Rubinho Barrichelo, depois de 304 GPs, ainda erra. Mas a verdade é que nada ocorreu de fato no mundo da Fórmula 1, apenas a classificação para uma corrida. Há um ano inteiro para muita coisa acontecer.


Mas, mesmo assim, muita coisa mudou para essa categoria do automobilismo. Para começar os pneus, que agora são fornecidos pela Pirelli e ganharam cores diferentes para suas especificações: o de chuva é laranja, o intermediário é azul, o supermacio vermelho, o macio amerelo, o médio branco e o duro terá a cor prata. Outras mudanças tentam solucionar problemas quanto ao nível de competitividade das corridas. Uma delas pune o piloto que não marcar um tempo limite de 107% da volta mais veloz na primeira parte da classificação. Ano passado, as equipes estreantes na categoria como a Hispania e a Virgin levavam para a pista carros muito mais lentos que os demais. Os carros mais atrapalhavam do que abrilhantavam o espetáculo. Mas a verdade é que o brilho da Fórmula 1 já vem há muito apagado. Assistir uma corrida atualmente é um teste de paciência e, se a corrida for durante a madrugada, significa um esforço para permanecer acordado. Enfim, Fórmula 1 ficou chata. Assim, outra mudança nos carros, além do Kers já presente na categoria e que dá mais potência ao motor, é a asa dianteira móvel. Em locais sinalizados da pista o piloto apertará um botão no volante que vai alterar o ângulo do aerofólio facilitando a vida do piloto na hora das ultrapassagens.


A Fórmula 1, na verdade, é uma categoria que passa por constantes transformações. Além de regras e mecânica, cada vez mais nota-se ares políticos e de negócios e menos de competição. Talvez essas mudanças nos carros venham para que as discussões sejam apenas sobre quem venceu a corrida ou qual piloto ultrapassou em tal curva. Mas isso é algo difícil. Hoje podemos ver nas pistas indianos, russos e venezuelanos, o que é muito legal. Entretanto, o plano de expandir negócios e patrocínios gordos por meio de alguns países, como esses, sobressai a simples intenção de se propagar o esporte para outros lugares. O próprio aumento no número de Grandes Prêmios mostra isso e, principalmente, onde se dão tais grandes prêmios: Bahrein, Abu-Dhabi, China e Coréia do Sul; lugares com altíssima fonte de investimentos para a categoria.

Mais negócios do que puramente uma competição. É esporte? Já há muito isso é debatido. E embora eu saiba de tudo isso e faça a mim mesma tais questionamentos, não deixarei de acompanhar mais uma temporada de Fórmula 1 que acaba de começar.
Fotos: Reuters
Pirelli/Divulgação

2 comentários:

Mary Azevedo disse...

Muito bom o post. E é bem verdade, a F1 deu uma apagada, o que é uma pena.
Os grandes fãs vão continuar assistindo, mas o público certamente vai continuar diminuindo se a competição não for mais valorizada que a politicagem fora das pistas.
E não acho que as mudanças para esse ano serão suficientes para tornar as corridas mais atraentes. (infelizmente)

Onix Futebol Clube de Altamira disse...

legal.. esse cara corre de mais !!

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