quarta-feira, 26 de maio de 2010

Prévia da Copa - Espanha aposta na posse de bola para conquistar o Mundial

Por: Leandro MirandaEspanha (4-1-3-2): Casillas; Sergio Ramos, Piqué, Puyol, Capdevila; Xabi Alonso; Xavi, Fàbregas, Iniesta; Villa, Torres.

Sem dúvida, o melhor time da Copa. A Espanha, abençoada com uma geração de meio-campistas e atacantes completos, terá sua chance de ouro de ser campeã mundial em 2010. Esqueça Galvão Bueno falando que a Espanha "não é tudo isso" por causa da derrota para os EUA na semifinal da Copa das Confederações.

Com três meias formados na base do Barcelona, o cerne do jogo espanhol não poderia ser outro: posse de bola. Xavi, Iniesta e Fàbregas - que pode ser reserva para a entrada do também excelente David Silva, do Valencia - manejam a bola entre si, mantendo-a longe do adversário pacientemente. Qualquer um dos três tem a qualidade de dar o passe final. Os três são ótimos para pressionar o adversário sem a bola, recuperando-a no campo de ataque, ou para recompor o meio de campo rapidamente. Os três são inteligentes e perfeitos no toque de primeira.

Para compensar toda a fluidez do trio, a Espanha tem um volante plantado à frente da defesa, que deve ser Xabi Alonso. O jogador do Real Madrid tem ótima saída de bola e visão de jogo, não prejudicando o jogo de passes da equipe. A defesa tem em Sergio Ramos um lateral que poderia ser um dos melhores do mundo se mantivesse a concentração durante os 90 minutos, já que apoia com desenvoltura e é ótimo na marcação. Piqué e Puyol, no centro da zaga, não são grandes jogadores individualmente, mas têm entre si o entrosamento do Barcelona e também jogam com a bola no chão. Na lateral esquerda, Capdevila é o elo fraco do time, mas faz o básico: não compromete o estilo de posse de bola, defendendo e dando passes simples para os lados.

No ataque, David Villa e Fernando Torres são completos. Os dois sabem atuar no meio da área, como pivôs, na linha do último homem de defesa ou caindo pelas pontas para puxar a marcação. Além disso, são inteligentes taticamente, finalizadores fatais e seus estilos encaixam perfeitamente com o dos meias.

Pontos fracos da Espanha: a defesa não mantém o nível do meio e do ataque, e o time não sabe jogar de outro jeito. Quando o adversário se fecha com eficiência, impedindo o passe final - EUA na Copa das Confederações, por exemplo - os espanhóis encontram muita dificuldade em mudar o padrão, mantendo uma posse de bola ineficaz ao contrário de apostar em jogadas rápidas pelos flancos ou chutes de longe, por exemplo.


Imagem:
Xavi - AP

2 comentários:

Persio Presotto disse...

da-lhe zito, o 'furioso' habilidoso nos textos esportivos.

Thiago Oliveira disse...

Olá! Adoramos seus textos furiosos e estamos aqui para pedir sua contribuição na divulgação de nosso blog www.interdobarroalto.blogspot.com

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