Planejar não é o forte do futebol brasileiro

Por: Leandro Carneiro

Planejamento. A palavra é moda entre os clubes de futebol brasileiro, mas parece não ser seguido muito a risca. Na primeira divisão do campeonato nacional, alguns times já demonstraram claramente que não sabem o significado dessa expressão tão importante para os resultados no fim da temporada.

O primeiro a puxar a fila foi Estevam Soares. Após tomar uma sonora goleada do Vasco por 6 a 0 no clássico inaugural do ano, o treinador do Botafogo foi demitido e acabou com a preparação feita pelo clube em janeiro.

O mesmo aconteceu com o Goiás. Hélio dos Anjos foi demitido após resultados ruins no Campeonato Goiano e deu lugar para Jorginho. Mas, e o planejamento do começo da temporada?

O recém-chegado à primeira divisão Ceará também sofreu do mesmo mal. Resultados ruins no Campeonato Cearense levaram a demissão de René Simões para o retorno de PC Gusmão, que comandou a equipe no acesso à elite nacional em 2009.

Por enquanto, foram apenas os três, mas já tem quem peça a cabeça de Muricy Ramalho no Palmeiras, pois os resultados não estão vindo, e de Silas, no Grêmio, pela mesma razão. Isso se fircarmos apenas na elite, pois Renato Gaúcho, no Bahia, Vagner Benazzi, na Portuguesa, entre outros, também sofrem grande pressão.

Tudo bem que em time que está perdendo é necessário se mexer para encontrar o caminho das vitórias, mas não é possível que em seis jogos no ano essa mudança já seja algo que os clubes precisem. Com menos de um mês de trabalho, equipe alguma chega às conquistas.

Depois, Goiás, Palmeiras, Botafogo, Grêmio e quem comete os mesmos erros não sabe o motivo de passar tanto tempo sem títulos de grande expressão. Afinal, isso não é “trabalho meu filho”.

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Globoesporte.com