Por: Rafael Zito
Nesta sexta-feira, o Comitê Olímpico Internacional (COI) escolheu a cidade-sede para os Jogos Olímpicos de 2016. Concorrendo na final com Madri, o Rio de Janeiro venceu o pleito com 66 votos contra 32. A favorita Chicago foi eliminada logo na primeira votação e, antes da decisão, Tóquio também deixou a disputa. Ter a honra de conquistar o direito de sediar um evento como as Olimpíadas deveria ser motivo de comemoração, no entanto, este prêmio acaba se tornando uma grande derrota para o povo brasileiro. Estamos, novamente, nas mãos de pessoas que, em mais de uma oportunidade, demonstraram que não merecem a nossa confiança.
Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é o comandante de uma equipe que vive de lindas promessas, nunca cumpridas, e magníficos projetos, que saem do papel sempre em cima da hora, com gastos extremamente superiores aos que estavam no planejamento. Lá se vai dinheiro público, grana de nossos impostos, para lugares obscuros. Não podemos nos deixar alienar pela imprensa do oba-oba. O legado que foi prometido na época do Pan-Americano de 2007 não existe, pelo contrário, sobraram apenas elefantes brancos e obras abandonadas pelo descaso dos nossos dirigentes.
O COB, na figura do Sr. Nuzman, quer que acreditemos que o Brasil se tornará uma potência olímpica após termos conquistado o direito de sediá-la. Entretanto, este discurso não passa de uma inversão de valores. Será que é tão difícil de perceber que, antes de trazer um evento desta magnitude, é preciso CRIAR uma política esportiva em nosso País? Não é possível que as pessoas não percebam isso! É inadmissível que a população brasileira esteja com os olhos fechados para o que vai acontecer! Nós, cidadãos comuns, fomos derrotados nesta tarde! Os únicos vencedores foram aqueles que tirarão algum benefício promiscuo de toda a ingenuidade popular!
Eu, como jornalista apaixonado por esportes, tenho convicção que, no âmbito esportivo, os Jogos serão um sucesso. Porém, o cidadão que vos escreve também está certo que a infra-estrutura que será erguida para contemplar este evento será para lá de superfaturada. O orçamento previamente estabelecido certamente será estourado porque, no mínimo e ingenuamente pensando, essa gente que está no comando já mostrou que não sabe fazer. Antes de discursos ufanistas aparecerem para me ofender, peço que investiguem e pesquisem sobre o FARDO que os Jogos Pan-Americanos de 2007 deixaram para o Brasil. Saibam que o dinheiro que será investido é da iniciativa pública. Teremos novamente um ROMBO dos cofres públicos! Uma vergonha!
Só para se ter uma medida do que foi gasto no Pan, apenas em instalações esportivas foram gastos cerca de R$1,080 bilhão. Deste montante, somente pouco mais de 3% teve como origem a iniciativa privada, isso significa que, por volta de 97% do dinheiro ali investidos eram oriundos do governo, em suas diferentes escalas. Gostaria de dividir com meus caros leitores o material que tive acesso e que mostra toda a “palhaçada” que foi feita nos Pan-Rio 2007. No relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) consta em 59 oportunidades a palavra “superfaturada” em 17 páginas. Dos 22 itens da amostragem, 17 foram superfaturadas, o equivalente a 80% dos itens.
Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é o comandante de uma equipe que vive de lindas promessas, nunca cumpridas, e magníficos projetos, que saem do papel sempre em cima da hora, com gastos extremamente superiores aos que estavam no planejamento. Lá se vai dinheiro público, grana de nossos impostos, para lugares obscuros. Não podemos nos deixar alienar pela imprensa do oba-oba. O legado que foi prometido na época do Pan-Americano de 2007 não existe, pelo contrário, sobraram apenas elefantes brancos e obras abandonadas pelo descaso dos nossos dirigentes.
O COB, na figura do Sr. Nuzman, quer que acreditemos que o Brasil se tornará uma potência olímpica após termos conquistado o direito de sediá-la. Entretanto, este discurso não passa de uma inversão de valores. Será que é tão difícil de perceber que, antes de trazer um evento desta magnitude, é preciso CRIAR uma política esportiva em nosso País? Não é possível que as pessoas não percebam isso! É inadmissível que a população brasileira esteja com os olhos fechados para o que vai acontecer! Nós, cidadãos comuns, fomos derrotados nesta tarde! Os únicos vencedores foram aqueles que tirarão algum benefício promiscuo de toda a ingenuidade popular!
Eu, como jornalista apaixonado por esportes, tenho convicção que, no âmbito esportivo, os Jogos serão um sucesso. Porém, o cidadão que vos escreve também está certo que a infra-estrutura que será erguida para contemplar este evento será para lá de superfaturada. O orçamento previamente estabelecido certamente será estourado porque, no mínimo e ingenuamente pensando, essa gente que está no comando já mostrou que não sabe fazer. Antes de discursos ufanistas aparecerem para me ofender, peço que investiguem e pesquisem sobre o FARDO que os Jogos Pan-Americanos de 2007 deixaram para o Brasil. Saibam que o dinheiro que será investido é da iniciativa pública. Teremos novamente um ROMBO dos cofres públicos! Uma vergonha!
Só para se ter uma medida do que foi gasto no Pan, apenas em instalações esportivas foram gastos cerca de R$1,080 bilhão. Deste montante, somente pouco mais de 3% teve como origem a iniciativa privada, isso significa que, por volta de 97% do dinheiro ali investidos eram oriundos do governo, em suas diferentes escalas. Gostaria de dividir com meus caros leitores o material que tive acesso e que mostra toda a “palhaçada” que foi feita nos Pan-Rio 2007. No relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) consta em 59 oportunidades a palavra “superfaturada” em 17 páginas. Dos 22 itens da amostragem, 17 foram superfaturadas, o equivalente a 80% dos itens.
Parque Aquático Maria Lenk, construído no Pan (18 mil pessoas), não poderá ser usado nas Olimpíadas. Absurdo
Segue abaixo alguns trechos interessantes da investigação do TCU. Quem tiver o interesse em ver a avaliação completa clique aqui.
“10. A primeira constatação é que foram incluídos custos de montagem indevidamente. Conforme se constata na planilha de custos às fls. 113/116, dentro do item ‘Logística’ (fl. 113), há o subitem ‘Transportes’, razão pela qual a simples entrega do item nos aposentos da Vila Pan-Americana não pode servir de pretexto para a cobrança de custos de montagem, sob pena de se cobrar duas vezes pelo mesmo serviço”.
“12. Entre as diferenças encontradas, verifica-se que para instalar o aparelho com controle remoto são necessárias mais de 12 horas de marceneiro e eletricista e quase 6 horas de vidraceiro, ao passo que no aparelho sem controle remoto é necessário pouco mais de uma hora de cada um daqueles profissionais, o que se mostra mais coerente. Além disso, o custo dos insumos serra circular de bancada, furadeira e parafusadeira foi cerca de 6 vezes maior no aparelho com controle remoto (R$ 36,70, contra R$ 6,34). Assim, verificamos, em termos de grupos de custos, as seguintes divergências”
Aparelho com controle remoto (1)
Mão-de-obra
136,15
Encargos Sociais
164,85
Equipamentos
36,70
A= Subtotal
337,70
136,15
Encargos Sociais
164,85
Equipamentos
36,70
A= Subtotal
337,70
Aparelho sem controle remoto (2)
Mão-de-obra
21,47
Encargos Sociais
25,99
Equipamentos
6,34
A=Subtotal
53,80
“13. Na planilha do item cadeira empilhável (fl. 7 do Anexo 3), constam como insumos 1,63 horas de montador e 3,44 horas de ajudante de montador para cada cadeira. Entretanto, pela descrição do produto (cadeira empilhável com assento e encosto em plástico e pés de metal; assento e encosto em polipropileno nas dimensões 47,5 x 40 cm e 48,5 x 33,5 cm; estrutura em metal soldado com pintura epóxi negra e capacidade para suportar um homem de 140 kg), verifica-se que se trata de cadeira comprada pronta (‘soldada’), o que pode ser confirmado por meio da foto à fl. 208. Assim, não se justifica a existência de custo de montagem. Os valores verificados são os seguintes”
Mão-de-obra (montagem)
19,57
Encargos sociais
23,69
A = Subtotal
43,26
B = Subtotal (A) + BDI (22%)
52,77
Superfaturamento unitário (Subtotal B com impostos (10,55%))
58,33
Superfaturamento total (6.698 unidades)
390.694,34
“14. Da mesma forma, nos itens colchão de 2,00m x 0,94m (fl. 10 do Anexo 3) e colchão de 2,20m x 0,94m (fl. 11 do Anexo 3), verificamos a cobrança do item selo de garantia de densidade (R$ 9,35 por unidade), sendo que o colchão já apresenta, em sua descrição, a expressão ‘selado’ – ou seja, o mesmo ‘insumo’ estaria sendo cobrado duas vezes. Além disso, consta da planilha de custos a montagem do colchão, o que também não faz sentido, já que o colchão vem pronto da loja/fábrica...” – “29. Houve, assim, pequena majoração do montante apurado do superfaturamento, no que se refere a esse item, de R$ 189.505,78 para R$ 191.312,34”.
“35. Dessa forma, diante dos novos dados apresentados, constata-se o aumento do valor do superfaturamento apurado para o item persianas (furadeiras e parafusadeiras) de R$ 858.208,00 para R$ 876.262,40”.
Imagens:
Logo Rio-2016 - Divulgação
Parque Aquático Maria Lenk - Divulgação
4 comentários:
Concordo plenamente, Zitão.
Não tem cabimento que um país com necessidades latentes das mais básicas, como saúde, educação e emprego, gaste mais de 10 bilhões de dólares - em sua quase totalidade, dinheiro público - fazendo uma Olimpíada.
A imprensa, salvo algumas exceções, está só proliferando esse imenso oba-oba. A conta é simples: no Pan, a organização gastou 10 vezes mais dinheiro do que era previsto, com desvios de verba e superfaturamentos. O que acontecerá na Olimpíada? Brasil medalha de ouro em assalto aos cofres públicos?
Só vou concordar com essa Olimpíada se rolar Molejão na cerimônia de abertura.
Abraços
Pensé que les había caido bien la noticia, ya que por ej. nosotros, apenas nos postulamos para 2004 y quedamos afuera rápidamente...
bueh, que les vaya bien por lo menos
Também concordo.
Para falar a verdade, a minha ficha ainda não caiu. Uma Copa do Mundo e uma Olimpíada acontecendo no mesmo país, em um intervalo de dois anos, acho que nunca vi.
São dois megaeventos super importantes que, no final de 2016, eu sei, vão ter estuprado o meu bolso. Sem falar na impressão sem-vergonha que corremos o risco de deixar para o resto do mundo.
Na verdade, eu acho que são coisas sérias demais para um povo como o nosso, assim, tão fanfarrão.
Um abraço, Zito.
ééé nessa epoca de olimpiadas, vao ser esquecidos os problemas ta populaçao!
tudo festa,tudo festa!
uma porcaria pra nada. E o mais ridiculo é a globo mostrando a "comemoração" em todos os estados. Ao invés do presidente estar cuidando dos varios problemas, está defendendo o rio.
Cidade que de maravilhosa so tem o nome, que veio da musica. O rio ja é medalha de ouro em bala perdida e trafico de drogas, Mais uma conquiista Brasiiil!
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