quarta-feira, 17 de junho de 2009

Variações táticas do Cruzeiro

Por Marcelo Costa, do blog Esquemas Táticos (www.esquemastaticos.blogspot.com/)

O Cruzeiro que vai enfrentar o São Paulo na quinta-feira, pelas quartas-de-final da Copa Libertadores no Morumbi, está desfalcado de seu melhor jogador — Ramires, servindo a seleção brasileira — e pode apresentar algumas variações táticas que vamos discutir a seguir.

A análise das atuações do Cruzeiro sob o comando de Adílson Batista nos leva a imaginar alguns cenários possíveis. Taticamente, o Cruzeiro pode atuar no 4-3-1-2 — com três volantes, Wágner na armação e dois atacantes —, ou no 4-4-1-1 — com quatro volantes e Wágner como meia e atacante.

Os esquemas táticos

O 4-3-1-2 dos mineiros apresenta-se com uma defesa que tem dois laterais que aparecem muito para apoiar o ataque. Gérson Magrão (lateral-esquerdo) é um meia de origem, por isso tem mais facilidade para atacar que para defender. Seu lado é o mais vulnerável. Por isso, normalmente Marquinhos Paraná ocupa a posição de volante pela esquerda, porque é o melhor marcador do time. Jonathan (lateral-direito) ataca e defende bem, mas no jogo contra o São Paulo, pode ser deslocado para fazer a função de Ramires pela meia direita. Jancarlos seria o lateral-direito e Jonathan executaria a função de meia pela direita. Nesse caso, o time atuaria com dois volantes (Fabrício e Marquinhos Paraná) e dois meias (Jonathan e Wágner), mas com um dos meias (Jonathan) fazendo também a função de terceiro volante quando o time perde a posse de bola, assim como Ramires faz. Um 4-2-2-2 torto, por isso é melhor caracterizá-lo como 4-3-1-2 mesmo.
Caso Jonathan seja mantido na lateral-direita, provavelmente o Cruzeiro vai se apresentar no 4-4-1-1. Quatro volantes podem ser escalados no meio-campo (Fabrício, Henrique, Elicarlos e Marquinhos Paraná) e Wágner faria a função de meia e atacante. Wágner já deu entrevistas dizendo que não rende bem nessa posição, mas Adílson Batista também usa as entrevistas de seus jogadores para tentar surpreender os adversários. O fato é que Adílson gosta de inovar nos jogos fora de casa, o que raramente dá certo. Entretanto, contra o Palmeiras, ele apostou na formação que normalmente utiliza no Mineirão (4-3-1-2) e perdeu. Ou seja, ele pode ter concluído que o sistema tradicional não é garantia de bom resultado.
A escalação

A defesa do Cruzeiro tem um titular absoluto: Leonardo Silva. Ele vai bem nas bolas altas tanto na defesa quanto no ataque. É a principal arma do Cruzeiro nos escanteios e nas demais bolas paradas ofensivas. Geralmente joga pelo lado esquerdo. Contra o Internacional, por exemplo, ele jogou pelo lado esquerdo no primeiro tempo, porque Gérson Magrão e Marquinhos Paraná avançavam mais por aquele setor. No segundo tempo, jogou pela direita para barrar os avanços de Taison. Seu companheiro de zaga pode ser Thiago Heleno ou Léo Fortunato.

Gérson Magrão deve voltar à lateral esquerda. Sorín não tem condições físicas de atuar todo o jogo, e Athirson e Fernandinho estão machucados. Se Magrão não atuar — por opção técnica de Adílson — Marquinhos Paraná ou Jonathan podem ocupar a posição. Na lateral direita, Jonathan normalmente é o titular, mas com a ausência de Ramires e o deslocamento de Marquinhos Paraná para a esquerda, pode aparecer como meia-direito, como já dissemos. Deste modo, o esquema tático seria o 4-3-2-1. Caso Paraná fique no meio-campo, Jonathan poderá ser o lateral-esquerdo. Nesse caso, Jancarlos ocupa a lateral direita e o sistema tático passa a ser o 4-4-1-1.

No meio-campo, Henrique é um jogador no qual Adílson confia muito, embora não esteja num bom momento, e deve ser um dos volantes. Só não vai para o jogo se Jonathan for o meia direita, e o time atuar com dois meias, como explicamos acima. Wágner volta, depois de estar parado por contusão.

Kléber é o único nome certo no ataque. Seu companheiro pode ser Wellington Paulista ou Zé Carlos. Como dissemos, Adílson também costuma jogar com apenas um atacante, colocando Wágner para fazer o papel de segundo atacante e, também, voltando para fechar o lado esquerdo do meio-campo quando o time perde a bola. Esta possibilidade configuraria o 4-4-1-1, com quatro volantes e Wágner na dupla função de meia e atacante.

Imagens:
Blog Esquemas Táticos.

Um comentário:

Felipe Moraes disse...

Wagner e Fabricio terão que funcionar hoje no Morumbi para dar a vaga ao Cruzeiro.

Abraço,
Felipe Moraes

BlogBlogs.Com.Br