Na quinta-feira, estive na coletiva de imprensa da delegada Margarette F.C. Barreto, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI), sobre a morte do corintiano Clayton Ferreira de Souza, vítima da confusão envolvendo as torcidas de Vasco e Corinthians (Gaviões da Rua São Jorge), ocorrida na Marginal do Tietê, quarta-feira, antes da partida entre as equipes pela Copa do Brasil.
Existem duas possibilidades para o confronto. A primeira, defendida pela torcida organizada da capital, foi a de que a PM parou o ônibus dos Gaviões (da Rua São Jorge, uma dissidência dos da Fiel) para uma averiguação na Marginal. Como não são cadastrados como uma torcida, estes torcedores não solicitaram (de acordo com a delegada) a escolta prévia da polícia. Nisto, os ônibus dos vascaínos (15 veículos), que vinham pelo mesmo caminho, iam cruzar com eles. A PM tentou pará-los, para evitar a confusão, mas foi em vão e ela deixou um morto.
Já a delegada, em sua entrevista, mostrou que acredita mesmo na hipótese de emboscada premeditada. Segundo ela, os corintianos “estavam no interior deste ônibus, onde foram encontradas barras de ferro, blusas manchadas de sangue, facas, onze canos, uma granada, duas caixas vazias de fogos.”
O fato é que o encontro das torcidas NUNCA poderia ter acontecido, por isso acho que faltou, no mínimo, comunicação entre a Polícia e as organizadas. Não importa que elas não sejam cadastradas, o fato de ela existir já obrigaria a polícia de monitorá-la. Após o confronto na Marginal, os ônibus vascaínos seguiram naturalmente o percurso para o Pacaembu. A delegada, apesar de se negar a comentar a ação dos policiais na coletiva, admitiu que se a interceptação destes tivesse sido realizada, a investigação seria facilitada. Ou seja, vai ser bastante difícil de identificar o(s) AUTOR (es) do assassinado.
Em vez de pensar em jogos com torcida única, o que seria admitir que somos incompetentes para resolver o problema dos “holligans brasileiros”, é necessário que as autoridades analisem os acontecimentos para corrigir os possíveis erros. Como o fato de não ter acompanhado da Gaviões da Rua São Jorge e o fato de os ônibus vascaínos não terem sido monitorados após o conflito, mas sim liberados para o jogo.
Imagem:
http://www.lancenet.com.br/corinthians/noticias/09-06-04/557561.stm?treze-foram-detidos-apos-confronto-de-torcidas
4 comentários:
bacana, marcelo. abs, pp
Infelizmente estou perdendo as esperanças...
Ayer clasificaron cuatro paises al Mundial. Enterate de quienes son, en:
ABRAN CANCHA
www.abran-cancha.blogspot.com
A polícia pode ter errado, que não é raro, mas torcidas organizadas devem acabar, SIM!
Se acham os donos dos estádios, e vão para os jogos procurando briga.
Jogos com uma torcida? SOU COMPLETAMENTE A FAVOR. E isso para mim não é apenas incompetência dos orgão públicos, mas também falta de consciência destes que destroem os espetáculos do Brasil. Quer castigo maior do que jogos com uma torcida? Liberar o acesso da torcida adversária apenas nos locais mais caros do estádio, ou custear ao máximo o preço dos visitantes. Quero ver se alguém pagaria 100 reais ou mais para arranjar briga, eles não gastariam tanto, não acham?
Esses caras têm muita moral, é o cúmulo!! Os outros torcedores deveriam pensar duas vezes antes de gritar os cantos das organizadas, aqueles que levam o nome das facções. Façam silêncio! Inventem suas músicas! Apoiem seus times, e não as organizadas!!
Vamos acabar com esses grupos terroristas! Se o poder público não consegue, a sociedade pode!!!
Ou, que estes marginais tomem outras atitudes e se conscientizem. Transformem as torcidas organizadas em entidades descentes, que nos façam ter orgulho! Com isso, ganhariam até mais sócios e mais dinheiro. Por que não se preocupam apenas em deixar o espetáculo mais belo? E sei da capacidade deles em fazer isso!! Mas, preferem se impor com facadas, tiros, socos, mortes...
Torcidas organizadas fazendo um bem pelo futebol. Impossível? Não.
Mas, não pago para ver...
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