Por: Bruno ZanetteJá faz algum tempo que não existe mais essa história de que quando um clube de Porto Alegre (Grêmio ou Internacional) vai bem, o outro vai mal. Foi assim durante a década de 1970, quando o clube colorado conquistou os títulos brasileiros de 1975, 76 e 79 e o arquirrival tentava (veja só!) retomar a supremacia estadual. Vieram então os anos 80 e 90 e o tricolor gaúcho conquistou a América, o Mundo, e depois teve o forte time comandado por Luiz Felipe Scolari. Os colorados por anos tiveram que ouvir dos gremistas o fato de, até então, não terem conquistado um título que fizesse jus ao nome que tinham, ou seja, um título realmente internacional.
Mas tudo isso mudou de uns anos pra cá, mais precisamente desde 2005, justamente o ano em que o Grêmio passava pelo inferno da Série B e o Inter brigava pelo título brasileiro na Série A, contra o Corinthians. Foi inclusive este ano que surgiu uma grande rivalidade no futebol nacional. Pois não fosse a polêmica da manipulação dos resultados e a remarcação de algumas partidas do Brasileirão apitadas pelo ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho, o título de 2005 ficaria com o time do Beira-Rio. Soma-se a isso a partida entre as duas equipes postulantes ao título, na antepenúltima rodada, quando um pênalti escandaloso não foi marcado em cima do Tinga, que ainda foi expulso por, segundo o árbitro, ter simulado falta e no final, o empate em 1 a 1 mostrou-se crucial para a decisão do título em favor do time paulista.
Sem contar também que o rebaixamento corintiano em 2007 contou com uma vitória do Goiás contra um time completamente reserva do Internacional, quando o time gaúcho sabia que havia a possibilidade de rebaixamento do Timão. Pronto, isso são apenas alguns ingredientes para fazer de Corinthians e Internacional uma grande partida na final da Copa do Brasil, sem falar, claro, no grande momento pelo qual as duas equipes passam nessa temporada. Em especial o Inter, que em 2009 comemora 100 anos de história e promete conquistar todos os troféus que disputar.
O primeiro já veio no Gauchão, vencendo os dois turnos, com direito a três vitórias em Gre-Nais e uma goleada de 8 a 1 no Caxias, no jogo que lhe garantiu o título estadual. E, até o momento, a equipe comandada pelo técnico Tite (há 1 ano no comando colorado) ainda não perdeu no Campeonato Brasileiro, com quatro vitórias e dois empates.
Querendo colocar água no chope do centenário colorado, existe um Grêmio em Quartas-de-Final da Libertadores. No jogo de ida, contra o Caracas da Venezuela, empate em 1 a 1, em Caracas, o que garante a vantagem de jogar por empate sem gols na quarta-feira (17) em Porto Alegre, para avançar à semifinal e encarar o Cruzeiro ou o São Paulo (no jogo de ida 2 a 1 para o Cruzeiro).
Para tentar esse avanço, o time gremista pode ser descrito em dois momentos na competição continental: o antes e depois da era Celso Roth. Com o comandante que foi vice-campeão brasileiro em 2008 e hoje comanda o Atlético-MG, foi um empate e duas vitórias na primeira fase. Depois, sob o comando do interino Marcelo Rospide, foram somente vitórias, totalizando cinco. A convicção na contratação de Paulo Autuori era tanta, que a direção do Grêmio optou esperar por quase dois meses, até que terminasse o vínculo do treinador com o futebol do Al-Rayyan, do Qatar.
O técnico, que já conquistou a Libertadores por duas vezes (com Cruzeiro em 97 e São Paulo em 2005, ano em que também conquistou o Mundial da Fifa), fez sua estreia pelo Grêmio contra o Botafogo e venceu por 2 a 0. Depois veio a Libertadores, prioridade do ano, e um jogo complicado, em que logo no começo saiu o gol venezuelano e o empate em 1 a 1 com o Caracas acabou sendo um ótimo resultado.
Junto com Autuori, virá a primeira grande mudança. O esquema tático passará do 3-5-2 para o 4-4-2. “Acho que o 4-4-2 sempre foi típico do futebol brasileiro. Respeito às características de cada país. Criou-se o 3-5-2 até por certo comodismo. Considero esse esquema ultrapassado, que não permite tantas variações”, disse Paulo Autuori em entrevista ao site Clic RBS. Apesar da pequena vantagem gremista do gol fora de casa, não acho que o tricolor gaúcho, que faz desta a sua prioridade no ano, vá ser eliminado pelo time venezuelano.
Os dois times gaúchos terão desfalques para seus “compromissos do ano”, em virtude da seleção brasileira. Pelo Grêmio, o goleiro Victor. No Inter, o atacante Nilmar e o lateral esquerdo Kleber. Na minha opinião, o desfalque gremista poderá ser mais sentido do que o do colorado, mesmo com o goleiro reserva, Marcelo Grohe , tendo boas atuações. Pois o elenco colorado é, no momento, mais qualificado e possui tranquilamente, boas peças de recomposição, como Alecsandro ou até mesmo Taison, que poderão completar a falta que Nilmar poderá fazer no ataque.
E a posição de goleiro, é uma posição de maior confiança, onde se conquista as maiores glórias e também as maiores frustrações. Além do jogo de volta, Victor poderá ficar de fora também do primeiro jogo da Semi-Final, caso o Grêmio avance.
Portanto só podemos esperar bons jogos entre Grêmio x Caracas-VEN e Corinthians x Internacional, sendo o primeiro jogo da Copa do Brasil será disputado em São Paulo contra um treinador gaúcho (Mano Menezes), que conhece e bem os atalhos para derrotar o adversário, que enfrentou algumas vezes nos tempos em que comandou o Grêmio. Mas para a torcida colorada, que poderá ver o segundo jogo da final na capital gaúcha, não está preocupada com isso. O que ela quer mesmo é comemorar os 100 anos de seu clube e se puder ser com o título da Copa do Brasil (seria o segundo da história), melhor ainda.
Mas tudo isso mudou de uns anos pra cá, mais precisamente desde 2005, justamente o ano em que o Grêmio passava pelo inferno da Série B e o Inter brigava pelo título brasileiro na Série A, contra o Corinthians. Foi inclusive este ano que surgiu uma grande rivalidade no futebol nacional. Pois não fosse a polêmica da manipulação dos resultados e a remarcação de algumas partidas do Brasileirão apitadas pelo ex-árbitro Edilson Pereira de Carvalho, o título de 2005 ficaria com o time do Beira-Rio. Soma-se a isso a partida entre as duas equipes postulantes ao título, na antepenúltima rodada, quando um pênalti escandaloso não foi marcado em cima do Tinga, que ainda foi expulso por, segundo o árbitro, ter simulado falta e no final, o empate em 1 a 1 mostrou-se crucial para a decisão do título em favor do time paulista.
Sem contar também que o rebaixamento corintiano em 2007 contou com uma vitória do Goiás contra um time completamente reserva do Internacional, quando o time gaúcho sabia que havia a possibilidade de rebaixamento do Timão. Pronto, isso são apenas alguns ingredientes para fazer de Corinthians e Internacional uma grande partida na final da Copa do Brasil, sem falar, claro, no grande momento pelo qual as duas equipes passam nessa temporada. Em especial o Inter, que em 2009 comemora 100 anos de história e promete conquistar todos os troféus que disputar.
O primeiro já veio no Gauchão, vencendo os dois turnos, com direito a três vitórias em Gre-Nais e uma goleada de 8 a 1 no Caxias, no jogo que lhe garantiu o título estadual. E, até o momento, a equipe comandada pelo técnico Tite (há 1 ano no comando colorado) ainda não perdeu no Campeonato Brasileiro, com quatro vitórias e dois empates.
Querendo colocar água no chope do centenário colorado, existe um Grêmio em Quartas-de-Final da Libertadores. No jogo de ida, contra o Caracas da Venezuela, empate em 1 a 1, em Caracas, o que garante a vantagem de jogar por empate sem gols na quarta-feira (17) em Porto Alegre, para avançar à semifinal e encarar o Cruzeiro ou o São Paulo (no jogo de ida 2 a 1 para o Cruzeiro).
Para tentar esse avanço, o time gremista pode ser descrito em dois momentos na competição continental: o antes e depois da era Celso Roth. Com o comandante que foi vice-campeão brasileiro em 2008 e hoje comanda o Atlético-MG, foi um empate e duas vitórias na primeira fase. Depois, sob o comando do interino Marcelo Rospide, foram somente vitórias, totalizando cinco. A convicção na contratação de Paulo Autuori era tanta, que a direção do Grêmio optou esperar por quase dois meses, até que terminasse o vínculo do treinador com o futebol do Al-Rayyan, do Qatar.
O técnico, que já conquistou a Libertadores por duas vezes (com Cruzeiro em 97 e São Paulo em 2005, ano em que também conquistou o Mundial da Fifa), fez sua estreia pelo Grêmio contra o Botafogo e venceu por 2 a 0. Depois veio a Libertadores, prioridade do ano, e um jogo complicado, em que logo no começo saiu o gol venezuelano e o empate em 1 a 1 com o Caracas acabou sendo um ótimo resultado.
Junto com Autuori, virá a primeira grande mudança. O esquema tático passará do 3-5-2 para o 4-4-2. “Acho que o 4-4-2 sempre foi típico do futebol brasileiro. Respeito às características de cada país. Criou-se o 3-5-2 até por certo comodismo. Considero esse esquema ultrapassado, que não permite tantas variações”, disse Paulo Autuori em entrevista ao site Clic RBS. Apesar da pequena vantagem gremista do gol fora de casa, não acho que o tricolor gaúcho, que faz desta a sua prioridade no ano, vá ser eliminado pelo time venezuelano.
Os dois times gaúchos terão desfalques para seus “compromissos do ano”, em virtude da seleção brasileira. Pelo Grêmio, o goleiro Victor. No Inter, o atacante Nilmar e o lateral esquerdo Kleber. Na minha opinião, o desfalque gremista poderá ser mais sentido do que o do colorado, mesmo com o goleiro reserva, Marcelo Grohe , tendo boas atuações. Pois o elenco colorado é, no momento, mais qualificado e possui tranquilamente, boas peças de recomposição, como Alecsandro ou até mesmo Taison, que poderão completar a falta que Nilmar poderá fazer no ataque.
E a posição de goleiro, é uma posição de maior confiança, onde se conquista as maiores glórias e também as maiores frustrações. Além do jogo de volta, Victor poderá ficar de fora também do primeiro jogo da Semi-Final, caso o Grêmio avance.
Portanto só podemos esperar bons jogos entre Grêmio x Caracas-VEN e Corinthians x Internacional, sendo o primeiro jogo da Copa do Brasil será disputado em São Paulo contra um treinador gaúcho (Mano Menezes), que conhece e bem os atalhos para derrotar o adversário, que enfrentou algumas vezes nos tempos em que comandou o Grêmio. Mas para a torcida colorada, que poderá ver o segundo jogo da final na capital gaúcha, não está preocupada com isso. O que ela quer mesmo é comemorar os 100 anos de seu clube e se puder ser com o título da Copa do Brasil (seria o segundo da história), melhor ainda.
Bruno Zanette é estudante de jornalismo em Foz do Iguaçu-PR, atua na equipe esportiva da Rádio Foz AM e trabalha também num portal de notícias da cidade, o Click Foz do Iguaçu. No BLOGJE, Bruno escreverá sobre o futebol gaúcho e paranaense.
Imagens:
http://blogdojosias.files.wordpress.com/2008/09/grenal.jpg
D’Alessandro - VIPCOMM/Divulgação
Maxi Lopez - Site Oficial do Grêmio
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D’Alessandro - VIPCOMM/Divulgação
Maxi Lopez - Site Oficial do Grêmio
4 comentários:
O futebol gaúcho sempre foi forte! abs, PP
Es muy loco que en las fotos de cada equipo hayas puesto un jugador argentino (D´alesandro Maxi Lopez -Ex River los dos)
Saludos.
jojoj, varios argentinos... ahi
el massi lopez, casigoal herrera, d'alessandro
jajaj
saludos y no olvide de visitar
http://d-coleccion.blogspot.com/
Oii Bruh, finalmente vim aqui prestigiar sua estreia no JE. Parabéns por esse texto muitooo bem escrito (é só o que posso avaliar, já que não gosto nem entendo nada de futebol). Cada vez mais eu tenho certeza do seu brilhante futuro no jornalismo, em especial o esportivo. A equipe do JE fica mais especial e mais forte com sua presença!
Grande beijo, meu sempre querido!
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