quinta-feira, 5 de junho de 2008

Estrela

por: Lucas Renato


Quartas-de-final da Libertadores, São Paulo x Fluminense. Primeiro jogo em São Paulo, 1 x 0 para os mandantes. Dodô foi titular, e seu time, apático. No jogo de volta, após ter ido resolver problemas fora do Brasil, Dodô pede para que começasse a partida entre os reservas.

Na metade do segundo tempo, o time paulista empata o jogo, 1 x 1. Dodô já estava em campo. Na relargada da partida, um ataque certeiro. Um chute imperfeito, e a bola tava dentro da rede dos são-paulinos, 2 x 1, gol dele. Dodô. Para muitos, o gol mais importante do confronto. Nos acréscimos, gol de Washington, o Coração Valente. O Flu tava nas semifinais da Libertadores.

Agora, o todo poderoso Boca Juniors. O time mais temido da América do Sul. Todos tem pavor de enfrentá-lo. Primeira partida na Argentina, Dodô começa no banco de reservas. 2 x 2 heróico, Dodô pouco fez no jogo.

Mas ele tem estrela. Estrela que brilha e brilha muito. Uma semana depois, um Maracanã lindo recebe os visitantes. Pressão forte dos portenhos, o Flu segura o 0 x 0 no primeiro tempo. No segundo, o "artilheiro dos gols bonitos" permanece no banco. 15 do segundo tempo, 1 x 0 Boca, Palermo. Segundos depois, ele já estava em campo. Ele.

Falta próxima à entrada da área para os tricolores. Dodo pede para bater e recebe o não como resposta. Vai pra dentro da área insatisfeito e vê Washington cobrar, de maneira perfeita. Épica. Magnífica. 1 x 1.

Aí, amigo, a estrela brilhou. Pressão total do Boca novamente, em um contra-ataque, no meio de campo, Dodó dribla dois adversários à moda Zidane, quase que andando sobre a bola e virando o seu corpo. Por infelicidade, o lance não resultou em gol. Mas já valeu o ingresso. Pouco antes, foi fominha e não deixou seu companheiro na cara do gol, preferindo o drible e se dando mal. Nos acréscimos, seu time já vencia por 2 x 1, as cortinas estavam quase se encontrando. Mas a estrela tinha que brilhar.

Em uma saída errada, Dodô fica cara-a-cara com um zagueiro, com boa possibilidade de chute. Mas gol simples não alimenta o artilheiro. Não basta ser gol. Tem que ser bonito. Ele finta o zagueiro e, no contrapé do goleiro, deixa a final da Libertadores para o Flu. A estrela deu o ar da graça.

Dodô tem tudo para ser campeão da Libertadores, um título que consagra qualquer jogador. Um título de relevância para o craque, algo que lhe faltava. Dodô terá um título que é pra poucos, para grandes times e grandes jogadores.
Imagem: UOL Esporte

3 comentários:

Rafael Zito disse...

Vc esqueceu de citar q o segundo gol do FLU começou com ele puxando o contra-ataque e tocando pro Conca (o melhor sul-americano do futebol brasileiro).

O Dodo sempre foi genio com a bola nos pes. O problema dele eh q parece q ele nao estah sentindo o jogo, nao vibra com q estah acontecendo... irrita o torcedor. Mas, sua qualidade eh indiscutivel.

Aos q criticam o Dodo qndo ele perde um penalti e sorri na entrevista explicando o q aconteceu fica a imagem dele fazendo o segundo gol e comemorando de forma, digamos, sem nenhuma explosão. Esse é o jeito dele e nao vai mudar.

Só nao concordo mto com o termo estrela para ele. Estrela pra mim tem o Renato Gaúcho... Esse sim tem estrela!

"O q eu posso dizer? Boca Juniors, mto prazer, esse é o FLUMINENSE".

Sabrina Machado disse...

O Dodô é mascarado...

tem sorte...mas joga bem...

Rafa, vai viver, o melhor jogador que atua no futebol brasileiro chama-se VALDIVIA...

VAI SPORT...2 A 0

ENÍLTON FEZ O GOL DO TÍTULO...

p.s. grande luquinhas...rsrsrs

Thiago Fagnani disse...

Esse é o jeito do Dodô, sempre foi!

E ele de fato é o cara dos gols bonitos, não tem discussão!!

Pena que quando jogou no Verdão, foi carinhosamente apelidado pela torcida de MORFÉTICO...mas, isso acontece!

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