quinta-feira, 27 de março de 2008

O rádio e a tevê

Por: Lucas Renato


Gol do seu time aos 48 do segundo tempo. O velho radinho te leva à loucura nesse momento...

O que você prefere, acompanhar as partidas de seu time pela televisão ou pelo rádio? Certamente, a maioria responderá, sem titubear, pela tevê! Também pudera. Nada mais gostoso do que acompanhar seu time sentado confortalvelmente na poltrona acompanhado de uma boa cervejinha.

Mas o rádio possibilita uma emoção, uma reação no torcedor que a televisão nunca conseguirá. Ao acompanhar uma partida pelo rádio, você não vê nada do que está acontecendo. Somente escuta um narrador ensadecido que não pára de falar um minuto. As pessoas tem medo daquilo que elas não podem ver. Assim, o rádio leva as pessoas ao máximo de suas emoções. Quando o adversário tem um escanteio a favor e você vê a partida pela televisão, você, claro, fica nervoso frente à possibilidade de tomar o gol. O mesmo escanteio, narrado por um locutor de rádio, faz o seu coração disparar. Parece que seu time tem mais chances de levar um gol quando você acompanha o jogo pelo rádio.

Agora, imagine um jogo difícil, truncado. 48 do segundo tempo, e nada. 0 X 0. Ao seu lado, você tem apenas o radinho de pilha. Suas unhas, claro, já foram comidas. Seu time tem o último ataque do jogo, o narrador gritando, quase nem respira. À medida que o lance se aproxima de seu desfecho, ele grita mais. E mais. E mais. Seu coração dispara. Em determinado momento, você já não entende mais o que o infeliz tá falando. É um monte de berro. A torcida, ao fundo, também começa a vibrar. Nesse sufoco todo, a voz do narrador e os gritos vindo da arquibancada são uma coisa só. De repente, ele grita gol! Gol de seu time aos ingratos 48 do segundo tempo. Você escuta a torcida indo ao delírio na estádio. A essa altura, você já tá comemorando com a alma, com o coração, quase que não acreditando no que acontece. Esgotando sua garganta em gritos. É muita, muita emoção. Se você acompanhasse o mesmo lance pela tevê, evidente, você ficaria feliz, também comemoraria muito. Mas a emoção não seria a mesma.

Essa emoção, podem ter certeza, só o bom e velho rádio proporciona.

Imagem: o folclórico Zé do Rádio, torcedor do Sport.


4 comentários:

Felipe Simi disse...

Ô, Luquinha, que belo texto. Envolvente. Só não precisava deixar tão na cara que a sua inspiração veio após o gol do Preá. De qualquer forma, tudo bem. O fogo que tomou conta de vocês, palmeirenses, nas últimas rodadas, tem explicação.

Um duplo parabéns, parceiro.

Thiago Fagnani disse...

VIVA O RÁDIO!! VIVA O RÁDIO!!!

MEU SONHO É TRABALHAR COM RÁDIO!!!

VIVA O RÁDIO!!! VIVA O RÁDIO!!!

Felipe Hammes Rodrigues disse...

Eu prefiro ver no Estádio, mas, como não há essa opção, voto na televisão. É nela que você tem total consciência do que está acontencendo na partida, de onde está ocorrendo a jogada. Por outro lado, o rádio, assim como livros, tem o poder de fazer as pessoas imaginarem o que está acontecendo.

Rafael Zito disse...

Eh meu caro Lucas o radio nos traz mto mais emoção, mas a imagem do jogo eh um diferencial... ainda mais pra mim q sou um analista minucioso de taticas e afins.

abraço meu caro.

belo texto.

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