sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O jogo só acaba quando termina

Por: Carlos Eduardo

Ontem, após assistir a mais uma rodada do Paulistão, resolvi invadir a madrugada para acompanhar as semifinais femininas do Aberto da Austrália, seguindo a ordem dos meus esportes favoritos, primeiro o futebol, depois o tênis.

Na primeira partida, Maria Sharapova versus Jelena Jankovic, vi uma russa imponente, decidida a ir à final de Melbourne. Com golpes potentes, Sharapova dominava de forma impiedosa a sua oponente da Sérvia, que mostrava pouca resistência devido a uma lesão que tem atrapalhado o seu rendimento desde o início da competição. Resultado: vitória tranqüila de Sharapova (6-3 e 6-1).

Em seguida, foi a vez de outra sérvia entrar em quadra. Ana Ivanovic iniciou a outra semifinal, contra a eslovaca Daniela Hantuchova, carregando a expectativa de boa parte da imprensa e dos amantes do tênis (eu me incluo nesse bonde), que acreditava numa final entre as duas maiores musas do tênis na atualidade. Uma delas já havia garantido um lugar na decisão, restava a Ivanovic cumprir bem o seu papel.

No entanto, o primeiro set foi um balde de água fria de Hantuchova, que começou a partida de forma arrasadora, sem dar nenhuma possibilidade de reação a sua adversária. Muito concentrada, a eslovaca perseguia cada ponto como um caçador atrás de sua presa; cuidadosa, vibrava para si a cada golpe como se soubesse exatamente o que estava fazendo e dessa forma aplicou um pneu na sérvia, 6 a 0.

Naquele momento, olhei o relógio e vi que Hantuchova não gastara nem meia hora para vencer o primeiro set. Já eram mais de duas da manhã, o sono batia, mas, mesmo assim, eu quis acompanhar o início do segundo set.

Logo de cara, Ivanovic teve seu serviço quebrado. Em seguida, Hantuchova confirmou seu saque e fez 2 a 0. Senti que já podia ir para cama, pois, para mim, estava se desenhando uma final diferente daquela que eu esperava. Mesmo assim, enquanto me arrumava para dormir, ainda vi a sérvia vencer com dificuldades o seu primeiro game após nove disputados, porém, eu não acreditava mais na ‘final das musas’.

Hoje, liguei a tevê e vi que Ivanovic havia virado o jogo (0-6; 6-3 e 6-4) e agora vai disputar a final contra a russa Maria Sharapova.


Moral da história:

Por mais batida que seja a expressão “o jogo só acaba quando termina”, a gente insiste em menosprezar esta máxima, mesmo quando se trata de grandes atletas como Ana Ivanovic.

Imagem:

http://www.australianopen.com/en_AU/news/photos/2008-01-24/200801241201157275187.html

4 comentários:

Rafael Zito disse...

Além das final das musas o grande mito Roger Federer caiu para o Djokovic, por 3 sets a 0 - 7/5, 6/3e 7/6 (7/5)

Q final inesperada Tsonga x Djokovic. Não perco esse jogo nem fudendo ainda mais pq minha NET voltou a funcionar hahaha

É isso fanfão... abraço meu velho.

Sabrina Machado disse...

Me arrisco a dizer q foi o seu melhor texto até agora no blog.

Parabéns, Fanfa...mta fluência, envolvente, coeso...texto perfeito!!!

E dá próxima vez assista o jogo até o final...rsrsrs

bjos

Carlos Eduardo disse...

Obrigado, Sá. Mas, confesso que fiz às pressas.. tive visita aqui em casa.. foi um dia conturbado.. só pude escrever de madruga...

Bjos!!

Obs: Gosto daquele do Ronaldo também...

Felipe Simi disse...

Ao contrário da virada da srta. Ivanovic, essa coesão no seu texto já era esperada, meu caro Carlos.

Só lamento pelo Federer. Por outro lado, estamos vendo a consagração de uma nova fera do tênis: Novak Djokovic.

Um abraço!

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