segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Brasil precisa neutralizar Scola para superar Argentina

Por: Rafael Zito

Brasil e Argentina se enfrentam nesta terça-feira, às 15h, pelas quartas de final do Campeonato Mundial de basquete masculino, que está sendo disputado na Turquia. O vencedor deste duelo deve ter pela frente a Lituânia, que é favoritíssima para derrotar a China, na partida que acontece às 12h. Assim como todos os duelos contra os argentinos, o equilíbrio e a rivalidade estarão presentes. Neste embate teremos o reencontro do técnico Rubén Magnano com alguns jogadores que foram comandados por ele na conquista da medalha de ouro olímpica da Argentina em 2004, em Atenas.

As duas equipes entram em quadra com quintetos que se equivalem, com pontos fortes e fracos para ambos os lados. Pelo lado argentino, o principal destaque e homem de definição é o ala-pivô Luís Scola, com 2.07m. O cestinha do mundial, com média de 29 pontos por partida, deverá ser marcado por Anderson Varejão, com 2.08, com excelente poder de marcação. Apesar de ser um bom defensor, Varejão precisará da ajuda de Tiago Splitter para diminuir a pontuação de Scola. Ao mesmo tempo, Splitter não pode descuidar do pivô Fabrício Oberto, um jogador que atua na posição 5 e forma uma boa dupla com Scola.

Além de Splitter e Varejão, o Brasil deve entrar em quadra com o armador Marcelinho Huertas e com os alas Leandrinho e Alex. Já o técnico Sérgio Hernández completa o quinteto argentino com o armador Pablo Prigioni e com os alas Carlos Delfino e Hernan Jasen. Nos confrontos diretos, Huertas terá pela frente Prigioni. O brasileiro evoluiu bastante e tem sido o responsável pela maior consistência da equipe. É um armador dinâmico e que imprime bastante velocidade, no entanto, não tem tido um bom desempenho nos arremessos. O argentino é um exímio arremessador da linha dos três pontos e um armador cerebral, que dita o ritmo com extrema eficiência, colocando velocidade quando necessária e cadenciando o jogo quando preciso.

Nas alas, Alex é o jogador ideal para exercer uma forte marcação em Delfino, o homem com poder de definição do perímetro. O camisa 10 argentino tem excelente aproveitamento na linha dos três pontos e também é preciso em “chutes” de média distância. Uma defesa forte e pressionada em cima de Delfino será fundamental para que o Brasil tenha condições de superar nosso rival sul-americano. No outro confronto pela ala vejo Leandrinho com superioridade sobre Jasen, que deverá tentar anular o brasileiro no ataque. A única dificuldade de Leandrinho neste confronto será a disparidade na altura, já que Jasen tem 1.99m e o brasileiro 1.91m. Esse aspecto pode fazer com que Jasen jogue mais perto da cesta para usar estar “arma” a seu favor.

Além dos cinco prováveis jogadores que devem começar o jogo, Magnano tem em Marcelinho Machado, Guilherme Giovanonni e Marquinhos boas opções para mudar a situação de uma partida. Um problema para o Brasil são os suplentes dos pivôs Splitter e Varejão, pois Murilo e João Paulo Batista foram pouco utilizados e não estão agradando Magnano quando entram em quadra. Pela Argentina, as opções são os pivôs Léo Gutierrez e Roman Gonzalez, os alas Federico Kammerichs e Pablo Quinteros, e o armador Luís Cequeira.

Mesmo com mais opções pelo lado dos argentinos, acredito que não há favoritismo neste confronto. Para vencer o rival, o Brasil precisa apresentar um basquete consistente, com uma defesa forte e com bastante movimentação no ataque. A Argentina erra pouco durante as partidas, por isso, a Seleção Brasileira terá que atuar bastante concentrada para não deixar com que o adversário assuma o controle das ações.

Imagens:
www.fiba.com












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