Por: Juliano Macedo
Os jogos das semifinais da Copa Libertadores da América de 2010 estão definidos. Internacional e São Paulo fazem o duelo brasileiro de um lado, enquanto Chivas Guadalajara e Universidad do Chile se enfrentam do outro lado da chave.
A perspectiva de uma final brasileira apontada por muitos no começo da competição não ocorrerá. Mas o duelo entre Colorados e Tricolores é garantia de muita emoção e até mesmo um clima de revanche da final da Libertadores de 2006, quando os gaúchos levaram a melhor.
A parada para a Copa do Mundo pode ser negativa para ambos. O São Paulo, por exemplo, que vinha cambaleando desde janeiro e quase foi eliminado pelo fraco Universitário, do Peru, melhorou muito seu rendimento e cresceu na hora que mais precisava. Venceu os dois confrontos contra o Cruzeiro e trouxe de volta o ânimo necessário para uma competição tão difícil como essa. O Internacional, por sua vez, apresentou um futebol mais qualificado que os paulistas no começo da temporada e mesmo sem o brilho imaginado, não passou sufoco na primeira fase e nas oitavas-de-final. O duelo contra o Estudiantes, com gol no final, pressão da torcida adversária, muita catimba e até briga no final, deu uma injeção de ânimo aos Colorados. Se os jogos das semifinais fossem disputados nas próximas semanas, possivelmente veríamos equipes dispostas e em boa fase. Como teremos que esperar mais de dois meses para os confrontos, as coisas podem mudar bastante.
Num duelo entre duas tradicionais equipes como São Paulo e Internacional, é praticamente impossível apontar um favorito. E ficar em cima do muro numa circunstância dessas é algo normal, já que as equipes se igualam. O goleiro e a zaga são-paulina são mais confiáveis, enquanto os volantes e meias do Inter são mais consistentes. No quesito ataque, ambos se igualam. Dagoberto e Fernandão precisam de mais entrosamento. Alecsandro e Walter, mesmo marcando muitos gols, são jogadores contestados no Sul. No banco de reservas, Jorge Fossati parece ter mais qualidade de mudar um jogo do que o adversário Ricardo Gomes.
A vantagem de jogar a segunda partida em casa é a aposta do São Paulo. Em 2006, o Tricolor jogou a primeira no Morumbi, viu Josué ser expulso e sucumbiu, perdendo por 2 a 1. No Beira-Rio, jogou muito bem, mas encontrou um rival empurrado pela torcida e com jogadores de muita qualidade. O empate deu o título para os gaúchos.
Do outro lado da chave, chilenos e mexicanos buscam uma vaga na decisão. O Universidad do Chile não é um time maravilhoso, mas consegue boas apresentações e até ontem estava invicta na Libertadores. Já o Chivas sabe muito bem usar o fator casa. Nas oitavas e quartas-de-final jogou a primeira partida no estádio Jalisco, em Guadalajara, e bateu seus adversários por 3 a 0, placar esse que definiu os confrontos. Se conseguir fazer o mesmo contra os chilenos, tem grandes chances de chegar à decisão, mesmo não podendo disputar o Mundial caso seja campeão.
Os dois primeiros confrontos acontecerão no dia 28 de julho. Internacional e São Paulo jogam no Beira-Rio, em Porto Alegre, enquanto Chivas e Universidad duelam em Guadalajara, no México. As partidas de volta acontecerão no dia 4 de agosto, em São Paulo e Santiago, no Chile.
NÚMEROS DA COPA LIBERTADORES 2010
Time que mais venceu: São Paulo (6 vitórias)
Time que mais empatou: Universidad do Chile (4 empates)
Times que mais perderam: Internacional e Chivas (2 derrotas)
Melhor ataque: Universidad do Chile (17 gols)
Melhor defesa: São Paulo (2 gols)
2 comentários:
É isso mesmo, é difícil fazer qualquer previsão. Sou colorado e lhes digo: o Inter não está bem, mas tem conseguido ir em frente com muita superação e alguma qualidade individual. O São Paulo tb não vinha bem, porém superou de forma indiscutível o bom Cruzeiro.
Libertadores é isso, tem que ter sangue pra bater os brigões argentinos e inteligência pra pegar um São Paulo multicampeão. Abç e paz galera.
Juliano, aposto no meu Tricolor. abs, PP
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