Por: Raoni David
Ora, veja que coisa mais curiosa, o sentimento de que o time do Santos fracassou diante do São Paulo no primeiro jogo das semifinais do Campeonato Paulista. De um modo geral, tenho escutado comentários dando conta de que o Santos decepcionou. Vale lembrar que jogando no estádio do Morumbi, o do rival, os Meninos da Vila venceram por 3 a 2.
Clássico é clássico e vice-versa, já diria o poeta Jardel, que apesar de muitas vezes ser ridicularizado, tem razão. Raramente vemos uma partida entre duas equipes equivalentes, serem fáceis. Mesmo em alguns jogos que terminam em goleada, geralmente os jogos são difíceis, mas uma ou outra equipe acaba se aproveitando de algumas oportunidades e impõe resultado mais elástico.
Isso é ainda mais acentuado quando o assunto é decisão. Jogos desta magnitude não precisam nem ter times equivalentes para invariavelmente ser equilibrados e por isso, a não ser que entre em campo necessitando de certa diferença de gols, qualquer vitória é importante nestes jogos.
Na semifinal deste Paulistão entre São Paulo e Santos, o empate na capital paulista já seria um bom resultado para o time da baixada santista, pois este pisaria o gramado da Vila Belmiro podendo empatar novamente contra o rival para garantir a vaga na decisão. O que dizer então, de uma vitória conquistada aos 43 minutos do segundo tempo, quando os donos da casa foram melhores nesta etapa? Ótimo resultado.
Mas não é o que parece. Dizem que o Santos decepcionou e aí tem alguma coisa de errado. Ou supervalorizam este Santos extremamente ofensivo, ou, o mais grave, subestimam o grande São Paulo. Isso porque a principal crítica é pelo fato de o Santos estar vencendo por 2 a 0, com um jogador a mais e ceder o empate.
Claro que houve erro, e o principal deles foi dos homens de frente santistas que com um a mais, diminuíram o ritmo especialmente no que diz respeito à marcação. Com isso, o São Paulo ganhou liberdade para trabalhar a bola e entrou em ação, a ótima qualidade do elenco comandado por Ricardo Gomes.
Sim, porque Jorge Wagner, Dagoberto e especialmente Hernanes tiveram atuação exuberante no segundo tempo do clássico, empurrando o time santista que ficou acuado e sem jeito para jogar, enquanto o aplicado e raçudo São Paulo crescia cada vez mais no jogo. Até que a parte física pareceu sobrar, a pressão são-paulina diminuiu, o Santos voltou a colocar a bola no chão, se reencontrou e em seis minutos de pressão, encontrou mais um gol em jogada incomum neste ano.
Cadê o demérito ao time do Santos? É mais fácil desmerecer a equipe que vem encantando e que mais uma vez cedeu o empate para um rival após estar vencendo por 2 a 0, do que enaltecer um time que todos garantem não ter raça e determinação, que foi o que sobrou ao São Paulo no segundo tempo. Mérito total aos jogadores do São Paulo que na raça e na vontade superaram as adversidades e igualaram a partida. Merecem palmar, mesmo após o terceiro gol e a vitória santista.
Expulsão
Muito se questiona da expulsão do Marlos. De fato, em ambos os lances em que o meia recebeu cartão, o árbitro poderia passar batido. Ocorre que durante toda a partida ele optou por um critério, e este previa cartão para qualquer tipo de jogada um pouco mais brusca, como foi a falta do Neymar em Dagoberto e a do Wesley, que mal tocou o Júnior César na segunda etapa.
Tivesse um critério menos rigoroso, alguns dos cartões amarelos não seriam dados, e um dos dois do Marlos poderia estar nessa lista, e o garoto seguir em campo. Mas não, Marcelo Rogério escolheu ser rigoroso e foi coerente com a sua escolha.
Imagem:
http://www.tricolormaisquerido.com.br/wp-content/uploads/2009/06/hernanes.jpg
Ora, veja que coisa mais curiosa, o sentimento de que o time do Santos fracassou diante do São Paulo no primeiro jogo das semifinais do Campeonato Paulista. De um modo geral, tenho escutado comentários dando conta de que o Santos decepcionou. Vale lembrar que jogando no estádio do Morumbi, o do rival, os Meninos da Vila venceram por 3 a 2.
Clássico é clássico e vice-versa, já diria o poeta Jardel, que apesar de muitas vezes ser ridicularizado, tem razão. Raramente vemos uma partida entre duas equipes equivalentes, serem fáceis. Mesmo em alguns jogos que terminam em goleada, geralmente os jogos são difíceis, mas uma ou outra equipe acaba se aproveitando de algumas oportunidades e impõe resultado mais elástico.
Isso é ainda mais acentuado quando o assunto é decisão. Jogos desta magnitude não precisam nem ter times equivalentes para invariavelmente ser equilibrados e por isso, a não ser que entre em campo necessitando de certa diferença de gols, qualquer vitória é importante nestes jogos.
Na semifinal deste Paulistão entre São Paulo e Santos, o empate na capital paulista já seria um bom resultado para o time da baixada santista, pois este pisaria o gramado da Vila Belmiro podendo empatar novamente contra o rival para garantir a vaga na decisão. O que dizer então, de uma vitória conquistada aos 43 minutos do segundo tempo, quando os donos da casa foram melhores nesta etapa? Ótimo resultado.
Mas não é o que parece. Dizem que o Santos decepcionou e aí tem alguma coisa de errado. Ou supervalorizam este Santos extremamente ofensivo, ou, o mais grave, subestimam o grande São Paulo. Isso porque a principal crítica é pelo fato de o Santos estar vencendo por 2 a 0, com um jogador a mais e ceder o empate.
Claro que houve erro, e o principal deles foi dos homens de frente santistas que com um a mais, diminuíram o ritmo especialmente no que diz respeito à marcação. Com isso, o São Paulo ganhou liberdade para trabalhar a bola e entrou em ação, a ótima qualidade do elenco comandado por Ricardo Gomes.
Sim, porque Jorge Wagner, Dagoberto e especialmente Hernanes tiveram atuação exuberante no segundo tempo do clássico, empurrando o time santista que ficou acuado e sem jeito para jogar, enquanto o aplicado e raçudo São Paulo crescia cada vez mais no jogo. Até que a parte física pareceu sobrar, a pressão são-paulina diminuiu, o Santos voltou a colocar a bola no chão, se reencontrou e em seis minutos de pressão, encontrou mais um gol em jogada incomum neste ano.
Cadê o demérito ao time do Santos? É mais fácil desmerecer a equipe que vem encantando e que mais uma vez cedeu o empate para um rival após estar vencendo por 2 a 0, do que enaltecer um time que todos garantem não ter raça e determinação, que foi o que sobrou ao São Paulo no segundo tempo. Mérito total aos jogadores do São Paulo que na raça e na vontade superaram as adversidades e igualaram a partida. Merecem palmar, mesmo após o terceiro gol e a vitória santista.
Expulsão
Muito se questiona da expulsão do Marlos. De fato, em ambos os lances em que o meia recebeu cartão, o árbitro poderia passar batido. Ocorre que durante toda a partida ele optou por um critério, e este previa cartão para qualquer tipo de jogada um pouco mais brusca, como foi a falta do Neymar em Dagoberto e a do Wesley, que mal tocou o Júnior César na segunda etapa.
Tivesse um critério menos rigoroso, alguns dos cartões amarelos não seriam dados, e um dos dois do Marlos poderia estar nessa lista, e o garoto seguir em campo. Mas não, Marcelo Rogério escolheu ser rigoroso e foi coerente com a sua escolha.
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3 comentários:
Oi, passei pra conhecer seu blog, e desejar boa semana
bjsssss
aguardo sua visita :)
"Mérito total aos jogadores do São Paulo que na raça e na vontade superaram as adversidades e igualaram a partida. Merecem palmas, mesmo após o terceiro gol e a vitória santista".
Raoni respeito sua opinião, porém, penso totalmente diferente. Você está dando um mérito para o São Paulo e tentanto diminuir as falhas táticas do Santos. Como um time com um a mais e vencendo por 2 a 0 deixa o adversário dominar o jogo no segundo tempo? Tanto é que o Dorival no meio do segundo tempo tirou o André pra colocar o Pará e equilibrar a equipe.
O Santos segue encantador qndo tem a bola no pé... sem ela, o dia que enfrentar um time pronto e equilibrado, o peixe terá um grave problema pq nao consegue ocupar os espaços de forma coesa. O gol do Hernanes evidencia isso. O camisa 10 teve uma baita liberdade para carregar a bola e qndo o Marquinhos chegou foi facilmente batido pq nao sabe marcar... nao tem esse perfil.
Você pode jogar ofensivamente, mas nao pode ser um time desequilibrado. Um brinde à arte. Um repudio à irresponsabilidade.
FAÇO MINHAS AS PALAVRAS DO ZITO!
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