quarta-feira, 31 de março de 2010

França aposta no talento de Ribery e no bom momento de Gourcuff

Por: Leandro Miranda
França (4-2-3-1): Lloris; Sagna, Gallas, Abidal, Evra; Lass Diarra, Toulalan; Anelka, Gourcuff, Ribéry; Henry.

A França também joga no sistema da "moda", o 4-2-3-1 - o que não quer dizer que todos os times que joguem assim sejam parecidos. O esquema francês se aproxima muito de um 4-3-3, com Anelka e Ribéry - jogadores puramente ofensivos - jogando abertos na frente, e o capitão Thierry Henry atuando em sua posição favorita, o comando de ataque. Ter Henry como centroavante é garantia de muita mobilidade e jogadas inteligentes no setor ofensivo.

O grande armador da equipe é Yoann Gourcuff, do Bordeaux, meia que lembra um pouco o estilo de Kaká: passada larga, pensamento rápido, passes inteligentes e chute perigoso. Ele, que também ajuda na marcação, é protegido por dois volantes destruidores: Toulalan, do Lyon, e Lass Diarra, do Real Madrid. A falta de ofensividade da dupla é compensada pelas subidas constantes dos ótimos laterais: Sagna, do Arsenal, e Evra, do Manchester United, são exemplos de laterais modernos, eficientes no apoio e firmes na defesa, com fôlego inesgotável.

A zaga está longe de ser sólida. Os titulares, em tese, são os rápidos Gallas e Abidal (lateral no Barcelona), mas também podem atuar por ali Boumsong, Mexès, Escudé - nenhum deles um grande marcador ou um mestre na antecipação. O trabalho de Diarra e Toulalan no meio é importante para não deixar os ataques chegarem formados à retaguarda, que não é confiável.

Outro ponto fraco da França é a falta de criatividade quando Gourcuff não está inspirado ou é bem marcado. Ribéry é um grande jogador, mas um meia-atacante; sem um organizador, o time depende de ligação direta da defesa. No banco, há boas opções ofensivas, como Benzema e Malouda, mas nenhum armador. A convocação de Samir Nasri, do Arsenal, poderia solucionar o problema.

Imagem:
Ribery - AP

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