quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

The End

Por: Sabrina Machado

Peço permissão para contar uma história...

Era uma vez, um homem sério, vestindo terno e gravata e transmitia bastante serenidade por onde passava. Ele atendia pelo nome de Belluzzo. O senhor sereno precisava fazer um filme em um pouco mais de um ano, mas tinha muitos problemas. O diretor do projeto, Luxemburgo, queria aparecer mais do que os protagonistas.

Não demorou muito para Belluzzo cortar as asas de seu subalterno, mas precisava de alguém para substituí-lo. Demorou, penou, porém, conseguiu um vencedor de três Oscars. Seu nome era Muricy.

No começo, a relação era só trocas de elogios. Muricy iniciou seu trabalho com problemas. O time de atores parecia estar descompassado, além de alguns estarem machucados. Resultado, as primeiras cenas do filme ficaram bem mal acabadas. Dois coadjuvantes brigaram no meio da filmagem. E outro pediu para sair no fim terceira tomada, este queria gravar no Rio de Janeiro.

Passaram as festas de fim de ano e o projeto precisava ser reiniciado. Muricy avisou Belluzzo, que precisava reforçar o elenco. O protagonista Diego Souza estava com a imagem desgastada depois do último filme. Precisava de alguém para substituir o carioca. Belluzzo disse que tentaria, mas que a verba do patrocinador era curta.

Enquanto isso, Muricy continuava as gravações com os atores que tinha. Na base do improviso, quando precisava de um ator robusto, colocava aquele que era mais versátil para lidar com situações adversas. Quando precisava de um galã, improvisava com o mais simpático. Mas, mesmo assim, algumas cenas sempre eram gravadas com os principais: Marcos, Danilo, Pierre, Cleiton Xavier e Diego Souza. Eles estavam ficando cansados de terem que atuar mais que os outros.

As tomadas estavam pobres, não tinha padrão, ritmo ou brilho. Faltavam mais personagens, tanto principais quanto coadjuvantes. Mas como colocar mais personagens se os atores não podiam atuar duas vezes na mesma cena?

Moral da história: é mais fácil demitir o diretor do que gastar dinheiro contratando elenco. Mais uma vez, o Palmeiras vai começar da estaca zero. Parabéns, Luiz Gonzaga Belluzzo, o senhor demonstrou a mesma mentalidade da gestão anterior. Onde está o planejamento? Hoje, sou uma palmeirense decepcionada. Eu realmente tinha esperança nessa diretoria, depois dessa, já não sei mais.

Imagem:

Gazeta Press

3 comentários:

Felipe Simi disse...

Metáfora bem bolada, Sá. Muito legal. Pena que essa superprodução palestrina tenha acabado assim, como um curta-metragem.

Beijo.

Rafael Zito disse...

"Eu realmente tinha esperança nessa diretoria, depois dessa, já não sei mais".

Incrível como no fundo vc ainda acredita q essa diretoria possa se recuperar. Pra mim já era. O trabalho é péssimo. Infelizmente para o futebol o professor Belluzzo fracassou. E não se deu bem pq nao entende do riscado.

Nem sempre ser um homem exemplar eh garantia de sucesso... Tem dirigente Gangster, Mafioso, mas que sabe trabalhar com futebol... apesar de ser um mal pro esporte.

Essa é a vida. O Palmeiras já era. Mais um ano perdido... Assim como na F-1, qndo o carro nasce mal feito não tem como corrigir a rota.

Um beijo querida

André Augusto disse...

Belluzzo deixou cair a máscara. Mesmo com toda a inteligência que tem, se mostrou um dirigente igual aos outros. Uma pena e pior ainda para o Palmeiras.

BlogBlogs.Com.Br