Gripe suína esvazia estádios mexicanos

Por: Marcelo Braga

“La Jornada 16 se Jugará a Puerta Cerrada”, diz o site da Federação Mexicana de Futebol. Nesta terça-feira, a entidade anunciou que as nove partidas da décima sexta rodada do Torneio Clausura, marcadas para o final de semana, além das que ocorrerão nas divisões inferiores, serão disputadas com portões fechados. A decisão segue a reomendação da Secretaria de Saúde do País, que fechou as escolas mexicanas até o dia 06 de maio.

A determinação repetirá os cenários de três partidas que foram realizadas no último final de semana, quando os portões fechados já evitaram a aglomeração dos torcedores. No Estádio Azteca, por exemplo, o maior da América Latina, com capacidade para cerca de 110 mil torcedores, América e Tecos jogaram no profundo silêncio das arquibancadas. Apesar da vitória do segundo clube, a felicidade e alegria deram lugar à preocupação, já que o número de mortos pela gripe segue crescente.

Na segunda-feira, a Confederação de Futebol da América Central, América do Norte e Caribe (Concacaf) já havia cancelado as semifinais do torneio Sub 17 das Américas Central e do Norte. Com os quatro representantes para a disputa do Mundial da categoria já definidos - que será realizado na Nigéria - não haveria sentido colocar as equipes em campo. Estão classificadas México, EUA, Costa Rica e Honduras.

Outra partida, pela final da Copa dos Campeões, que seria realizada entre Atlante e Cruz Azul, foi adiada para o dia 12 de maio. O jogo definirá o representante do continente no Mundial Interclubes da FIFA.

A primeira divisão mexicana conta com sete jogadores brasileiros. Os mais famosos são o meia Danilinho, ex-Atlético Mineiro, o atacante Itamar (ex-Palmeiras) e o ala André Luiz (ex-São Paulo e Corinthians), todos do Jaguares. Os outros brasileiros são o atacante Robert, ex-São Caetano (América do México), Wilson Mathias (Morelia), Everaldo Ferreira (Puebla) e Washington (Indios Juarez).

Danilinho, 22 anos


Itamar, 29 anos


André Luiz, 34 anos

Robert, 28 anos

Há alguns anos, as punições no Campeonato Brasileiro para times que tinham seus campos invadidos, por exemplo, eram realizar partidas sem público, sem renda. No México, a medida não vem como punição, mas como precaução. Que a saúde volte ao País do nosso tricampeonato mundial e que a alegria retorne aos estádios, de onde ela nunca pode sair.


Imagens: http://img373.imageshack.us/img373/4302/rig024gx6.jpg e site oficial dos clubes mexicanos.