segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Raposa inicia caminhada atrás do título perdido

Por: Rafael Zito
Nesta quarta-feira, o Cruzeiro começa sua campanha na Copa Libertadores da América de 2010. O adversário da Raposa na primeira etapa da competição é o Real Potosí, da Bolívia. Esta será a terceira vez que um clube brasileiro terá que enfrentar os 4 mil metros de altitude de Potosí. Outros dois momentos marcantes ocorreram com o Flamengo, na edição de 2008, e com o Palmeiras, na pré-Libertadores do ano passado.

Em busca da melhor adaptação para os jogadores, a comissão técnica da equipe celeste fez um período de preparação na cidade de Sucre, que fica a uma altitude de 2.800 metros. A Raposa realizou alguns treinamentos na região, porém, o técnico Adilson Batista reclamou do fato da FIFA liberar que jogos sejam disputados nessas condições.

Em entrevista, nesta segunda-feira, o comandante mostrou sua insatisfação e se posicionou contra partidas nesta situação. “É desumano jogar nessas condições, em um lugar com essa altitude. Será preciso morrer alguém em campo para a Fifa proibir?”, enfatizou. O treinador apontou a desvantagem que o clube brasileiro irá enfrentar no embate. “É a mesma coisa que entrar em campo com dois jogadores a menos”.

As contundentes palavras de Adilson Batista retomam uma das discussões mais polêmicas do futebol. A entidade máxima do futebol mundial deveria proibir partidas em locais com altitude? O veto deveria ser apenas para altitudes acima de 2.500 metros? Ou a FIFA não tem o direito de proibir que haja futebol nas regiões que não estão ao nível do mar?

Como disse acima, o debate é bastante polêmico, porém, estou de acordo com o treinador celeste. Acredito que falta vontade política para colocar fim a essa discussão. Já que desvantagem é clara e evidente, e submeter os jogadores a essa altitude é desumano. Definitivamente, atitudes serão tomadas apenas quando algo grave acontecer com algum atleta. Estão brincando com uma coisa séria e que compromete a saúde dos atletas e dos demais profissionais que estarão trabalhando no local e não estão preparados para conviver nessas condições.


Imagem:
Adilson Batista - Washington Alves - Divulgação: VIPCOMM

5 comentários:

Marcelo Braga disse...

Fala Zito,

Essa discussão é longa. Embora tirar o futebol desses lugares seja um crime com as pessoas que moram ali, já que não poderão ver torneios internacionais na porta de casa, o mais certo seria sim vetar a realização de jogos nessas condições.
Mas para haver mudanças, infelizmente é sim preciso de um choque...Foi assim com a obrigatoriedade do desfibrilador em campo (morte de Serginho), por exemplo...
Só quando há vítimas que as autoridades sentem necessidade de mudanças - não pela vontade deles, mas pela pressão popular.

Abraços amigos

Leandro Miranda disse...

Times como o Potosí só conseguem meter algum medo por causa da altitude. Quando descem ao nível do mar, são quase sempre bisonhos. Por isso, é justo que sejam vetados jogos internacionais nestas condições que claramente favorecem as equipes do alto. Mas, como disse o Marcelo, não é uma medida fácil de ser posta em prática, já que envolve muitos conflitos políticos.

Dá Cruzeiro, lógico.
Abraços

Bocha disse...

No hay nada mejor que estar unos días antes del partido, se acostumbran bien a la altura y listo, aparte es el Real Potosí, no es tan dificil. Saludos.

ABRAN CANCHA
www.abran-cancha.blogspot.com

Sabrina Machado disse...

Infelizmente, a Fifa é atrasada em muitas questões no futebol. Essa da altitude é a principal delas.

O jogador precisa pensar em jogar bola e não pensar se vai conseguir respirar direito durante a partida.

No esporte nenhum time deve ter esse tipo de vantagem. Isso a gente aprende desde criancinha...

Parabéns pelo assunsto relevante, Rafa...

Beijos

Thiago Fagnani disse...

Reclamar da altitude pe perda de tempo! Tem que jogar no estádio adversário e fim de papo!

Se não houvesse segurança, ou condições de jogo, AÍ SIM! Mas, tudo é uma questão de adaptação!

Valeu Rafa!

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